A Cáritas de Angola ganhou prestígio pelo serviço prestado durante a guerra

À procura de ser mais autónoma e com o lema “A Cáritas sou Eu” – disse à Rádio Vaticano, D. Estanislau Chindecasse, Presidente da Cáritas Angola.
Foi à margem do Encontro da Cáritas-África em Dakar, onde estava acompanhado pelo Director, Eusébio Amarante, segundo o qual é preciso um diálogo entre as organizações da Igreja angolana que se ocupam da caridade para melhor desempenhar este serviço com profissionalismo e espírito cristão, como exige a Doutrina Social da Igreja.
Em entrevista à Rádio Vaticano, à margem do 2º Encontro da Cáritas-África que teve lugar em Dakar, D. Estanislau Chindecasse, comentou também uma das comunicações-chave desse encontro, cujo tema era “Organizar o serviço da caridade em África: o papel dos Bispos”.
A referida comunicação, apresentada pelo Bispo de Atakpamé (Togo), D. Nicodème Barrigah-Benissan, entrava no cerne do tema do Encontro, levando os bispos a se interrogarem se com o seu agir facilitam ou dificultam o serviço da Cáritas. Indicava, ao mesmo tempo, os elementos e posturas necessárias para que o bispo seja um bom coordenador e estimule as Cáritas a irem para a frente com profissionalismo e espírito cristão.
Durante o encontro de Dakar foram também apresentados vários outros documentos em que assenta a solicitude da Igreja para com a caridade na sociedade, como por exemplo “Deus Caritas Est” de Bento XVI, e “A Alegria do Evangelho” do Papa Francisco.
O Director da Cáritas angolana sentiu-se enriquecido com essas exposições e disse que obrigam a estudar mais para melhor os transmitir aos outros, tarefa que não é difícil, mas sim desafiadora, pois que vivemos hoje numa sociedade tendente ao materialismo. Eusébio Amarante está, contudo, esperançoso de que a Cáritas de Angola conseguirá transmitir amplamente esse veio cristão da caridade à população, chamada a unir a fé ao exercício da caridade.