Notícias

ACNUR leva refugiados ruandeses em Angola ao Ruanda pela primeira vez

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) organizou a deslocação de sete dos 350 refugiados ruandeses registados em Angola ao seu país, na sequência da cessação daquele estatuto, procurando soluções definitivas para este grupo.

Em comunicado a agência das Nações Unidas para os refugiados informou que a viagem foi realizada entre 24 e 30 de novembro, tendo os sete ruandeses participado, pela primeira vez, numa visita ao seu país de origem, no âmbito do programa ‘Go and see’ (Ir e ver).

A oficial de relações exteriores do ACNUR, Margarida Loureiro, disse que os sete refugiados foram selecionados pelos integrantes da comunidade, todos residentes em Luanda, capital de Angola, desde 1994.

O programa ‘Go and see’ tem como objetivo dar oportunidade aos refugiados ruandeses de visitar o seu país e testemunhar o progresso, a estabilidade e o desenvolvimento do Ruanda, desde que foram forçados a fugir, oferecendo-lhes a oportunidade de escolher se pretendem regressar à sua terra natal.

O estatuto de refugiados para os ruandeses que procuram asilo em outros países, entre 1994 e 1998, vai terminar este ano.

Segundo Margarida Loureiro, Angola permitiu aos refugiados saírem do país sem perderem aquele estatuto, para verificarem como é que está atualmente o seu país de origem.

O Governo angolano criou em 2016 uma comissão interministerial, por despacho presidencial, para a “implementação de uma estratégia global” para os refugiados do Ruanda, Libéria e Serra Leoa, no seguimento de uma cláusula de cessação do estatuto de refugiado para as três nacionalidades, refere a nota do ACNUR.

Acrescenta ainda o documento que a comissão, coordenada pelo Ministério do Interior, estabeleceu um prazo de 18 meses para implementar soluções duradouras para este grupo, como o repatriamento voluntário e a avaliação de oportunidades de integração local no país de acolhimento.

“Em princípio não se espera que vão lá novamente. Esta foi a visita feita para eles então tomarem uma decisão se regressam ou se ficam cá, [as pessoas] já regressaram ontem [quinta-feira]”, informou Margarida Loureiro.

Segundo esta responsável, a reação do grupo relativamente ao país foi muito positiva, manifestando satisfação pela “evolução e organização que viram”, devendo agora discutir com a comunidade o que constataram e preparar um relatório sobre o resultado da sua missão, para ser entregue ao ACNUR.

Margarida Loureiro avançou que as autoridades angolanas ponderam a permanência desta comunidade, por considerar que é constituída por “cidadãos muito ativos e que colaboram muito para a economia do país”.

Fonte: Lusa

Deixe o seu comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Botão Voltar ao Topo

Discover more from Vivências Press News

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading