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Alemanha homenageia autores do fracassado ataque a Hitler há 75 anos

A Operação Valquíria, um golpe que envolveu milhares de soldados e civis, é o mais famoso acto de resistência contra o regime de Adolf Hitler, aquando da Segunda Guerra Mundial.

Em 20 de Julho de 1944, o oficial aristocrático von Stauffenberg escondeu um explosivo na sua pasta numa reunião no quartel general nazi perto de Rastenburg, agora na Polónia .

A tentativa de assassínio falha e o golpe é evitado. Hitler sobrevive com ferimentos leves.

O coronel, que participou da campanha africana do marechal Rommel, onde perdeu um olho e uma mão, bem como três outros conspiradores são executados na mesma noite. Cinco mil pessoas foram presas e 200 foram executadas.

“Aqueles que actuaram em 20 de Julho são exemplos para nós”, elogiou recentemente a chanceler alemã, Angela Merkel.

A líder alemã defendeu que a data de 20 de Julho de 1944 deve ser recordada, “não só por aqueles que agiram (nesse dia), mas também por todos que se posicionaram contra o domínio nazi”.

“Hoje somos igualmente obrigados a opor-nos a todas as tendências que procuram destruir a democracia. Isso inclui o extremismo de direita”, reforçou a chanceler, citada pelos “media” internacionais, exortando ainda a sociedade civil a integrar acções que fortaleçam a democracia.

A chanceler alemã ainda acrescentou que “há momentos em que a desobediência é obrigatória”, lembrando ainda a importância de preservar na memória os envolvidos na “Operação Valquíria” para que “as lições da História não se desvaneçam”.

Nos últimos anos, a Alemanha tem testemunhado um aumento de ataques associados à extrema-direita, bem como um crescimento político de forças desta corrente.

Com uma agenda anti-imigração e nacionalista, o partido Alternativa para a Alemanha ( AfD, extrema-direita) é actualmente a terceira força política no Parlamento alemão.

Segundo dados governamentais recentes, existem cerca de 24 mil extremistas de direita na Alemanha, dos quais 13 mil estão identificados como potencialmente violentos.

Fonte: Lusa

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