CronistasZeferino Boal

Ambiente e Soberania Nacional

Os artigos que aqui escrevemos são em muitos momentos meras mensagens para exortar à reflexão e debates de ideias.

Está em voga hoje criticar o Presidente do Brasil eleito democraticamente.

No entanto a questão da Amazónia suscita várias questões no mundo atual e global. Será verdadeiramente legitimo que países europeus e liderados pela França queiram ordenar o território da Amazónia, o qual está devidamente identificado e reconhecido ser pertença ao Estado Soberano do Brasil?

Será legítimo que a Europa e outros países desenvolvidos, durante mais de um século com a industrialização e o desenvolvimento económico tenham provocado as alterações climáticas do planeta que é de todos, e durante muitos anos enviaram lixo tóxico para países menos desenvolvidos, a troco de verbas que serviam para corromper governantes e agora invertam políticas ambientais sem ouvir os parceiros?

Hoje, a circulação da informação e do conhecimento é rápida, e as Nações no seu todo procuram melhor qualidade de vida para os seus cidadãos, ora isto pressupõe uma situação que muitos não estão preparados a qualidade de vida na Europa tende a estagnar melhorando aquela noutras partes do Mundo.

Quantos quilómetros quadrados na Europa foram destruídos para o desenvolvimento económico e industrialização da mesma, portanto neste caso os Países da América do Sul teriam a mesma legitimidade em aplicar políticas e erradas tal como outras Nações o fizeram.

Está em causa a soberania dos Estados, do mesmo modo que é do direito internacional o reconhecimento da esfera de competência em questões do mar e do ar.

Hipocritamente, existe uma campanha desestabilização quando um Estado tem na sua governação e eleito democraticamente personalidade do centro e da direita. Quando o governante é esquizofrénico e esquerdista, ou corrupto de esquerda tudo é tolerado e temos exemplos no Mundo.

Acima de tudo, importa encontrar um equilíbrio atual entre as questões ambientais e desenvolvimento económico em determinadas regiões do planeta, muito provavelmente com a perda de proteção de interesses, com ênfase neste caso na agricultura. À França interessa que a Amazónia não se torne em terreno fértil para a agricultura porque se tal acontecer, os franceses que beneficiam da Politica Agrícola Comum tendem a definhar.

Urge que os Países de expressão em Língua Portuguesa concertem uma posição oficial comum porque noventa por cento dos Estados estão sujeitos a passarem por vexames desta natureza, por parte de um país como a França, que nunca foi uma grande potência comparativamente com outros que possuem outra capacidade de projeção de força, mas foram sempre arrogantes na hipocrisia diplomática dos interesses do bem geral.

One Comment

  1. A soberania hoje já não pode ser vista como um elemento absoluto, ela vai ficando cada vez mais limitada, por conta da nossa aldeia global e tudo o q isto significa. É verdade q a interferência de Estados como a França, os EUA, a Alemanha sobressai quando os representantes dos beneficiários reclamam a “soberania”. Qual soberania? Você recebe medicamentos, treinamento para as tropas, bolsas de estudo, não inventas nada, não crias nada, esperas q os outros refletem, desenhem, produzem e tu beneficias disto, queres falar em soberania? Se não fossem estes países nós não teríamos Nações Unidas, porque muitos países bem quotas pagam, qual soberania? Portugal recebeu nos últimos anos muitos brasileiros? Porquê? Porquê as políticas públicas têm estado a falhar no Brasil. Quem aguenta as consequências? Os países aonde as políticas públicas funcionam. Soberania? Soberania não pode ser uma perspectiva política e ideológica, tem de ser social, económica, cultural, ambiental e etc …

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