
“Angola tem uma classificação de 32,4 pontos num total de 100 relativamente ao Risco Operacional, o que coloca o país no décimo-primeiro lugar de treze países da África Austral analisados e no lugar 169 entre os 201 países analisados a nível mundial”, lê-se no relatório sobre o Risco Operacional de Angola.
No relatório, enviado aos clientes e que a agência Lusa teve acesso, os analistas desta consultora detida pelos mesmos donos da agência de rating Fitch escrevem que “ os negócios em Angola vão continuar a enfrentar um ambiente operacional desafiante a curto e médio prazo, devido aos desafios económicos que foram exacerbados pela seca e pelo declínio da produção de petróleo, o principal pilar da economia”.
As significativas faltas de divisas externas, que contribuíram para o aumento da inflação e redução das importações, bem como uma subida dos custos de financiamento para as empresas e os consumidores, vão fazer com que esta situação se mantenha bem para lá de 2020, acrescentam os analistas, notando também as deficiências logísticas do país.
“As operações empresariais enfrentam deficiências estruturais no ambiente logístico do país que vão manter o investimento no sector não petrolífero significativamente prejudicado pela falta de energia, água e combustíveis, num contexto de lentidão das reformas e dos esforços de diversificação”, afirmam .
A corrupção continua a ser uma preocupação, “exarcebada pelo forte envolvimento do Estado na economia, bem como por uma histórica falta de transparência”, concluem os analistas no relatório.
Fonte : Lusa