
Os governos de Angola e da Namíbia estão a estudar a criação de um projeto de aproveitamento hidroelétrico fronteiriço no valor global estimado em 1,3 mil milhões de dólares (1,1 MME) e uma capacidade instalada de 600MW.
Fonte do gabinete técnico do projeto disse à Lusa que o projeto de aproveitamento hidroelétrico de Baynes, apresentado pelos dois países a investidores no Fórum Africano de Investimento, em Joanesburgo, localiza-se no troço internacional do rio Cunene, na fronteira entre os dois países vizinhos, a jusante da central de energia de Ruacana e das quedas de Epupa, ou Monte Negro, como são conhecidas no lado angolano.
O projeto transnacional será desenvolvido no âmbito de um tratado a assinar entre os governos dos dois países. A conclusão dos estudos de viabilidade técnica, económica e ambiental está prevista para o primeiro trimestre do próximo ano.
“Há um acordo tratado, estamos a trabalhar nesse documento conjuntamente entre Angola e Namíbia e a intenção é encerrar esse processo até ao final do próximo ano”, revelou.
O valor global estimado do projeto é de 1.3 mil milhões de dólares, com base em estudos preliminares realizados, numa perspetiva “procurar estruturar o projeto no quadro de uma parceria público-privada (PPP)”.
O projeto tem por objetivo produzir energia elétrica para o sul de Angola e o norte da Namíbia, integrando-se depois no sistema de distribuição de energia elétrica “de toda a região austral de África”, avançou à Lusa fonte do gabinete técnico conjunto.