Angola pede a secretas americanas ajuda para recuperar dinheiro

O Presidente da República, João Lourenço, pediu ajuda aos serviços secretos norte-americanos na investigação para detectar eventuais crimes económicos e depósitos que se inscrevem nesta categoria, que se presumem terem sido feitos em paraísos fiscais como as Ilhas Marshall e Maurícias.
Esta diligência é paralela aos serviços que foram solicitados às grandes consultoras no sentido de detectarem a retirada ilícita de capitais do país . O chefe de Estado angolano quer resultados rápidos neste domínio, o que até agora não foi conseguido pela Unidade de Informação Financeira, criada a 15 de Fevereiro, para actual nestas matérias.
Numa primeira fase , o Governo angolano estabeleceu o fim do corrente ano como data limite para o repatriamento voluntário de capitais, cujos resultados não são até agora conhecidos, mas que parecem não ter satisfeito o chefe de Estado angolano.
Isso mesmo foi referido por João Lourenço em entrevista ao Expresso publicada no passado sábado.
” Vai ser um trabalho árduo, em que o Estado vai ter de contratar serviços de especialistas na matéria, os chamados ‘caçadores de fortunas’, e vai ter de fazer acordos judiciários com outros judiciários com outros Estados, como o que fez com Portugal para , desta forma, em várias frentes, ir apertando o cerco até que se descubram os esconderijos do dinheiro de Angola”.
O Parlamento angolano aprovou a Lei de Repatriamento de Capitais, a qual define que os cidadãos e empresas angolanas têm até 26 de Dezembro (180 dias) para repatriar voluntariamente, sem perguntas ou investigações das autoridades, os recursos financeiros ilicitamente retirados de Angola, podendo até receber incentivos estatais .
Fonte: Jornal de Negócios