
Angola registou no primeiro trimestre deste ano mais de 720 mil casos de malária, a principal causa de morte no país, que resultou em quase 2.100 óbitos, segundo dados das autoridades sanitárias.
Angola registou no primeiro trimestre deste ano mais de 720 mil casos de malária, a principal causa de morte no país, que resultou em quase 2.100 óbitos, segundo dados das autoridades sanitárias. De acordo com um relatório do Ministério da Saúde, a que a agência Lusa teve esta quinta-feira acesso, no que diz respeito à situação epidemiológica do país sobre a malária foram registados de janeiro até ao dia 02 deste mês, 720.086 casos, dos quais 2.096 pessoas morreram.
Os dados indicam como províncias mais afetadas Luanda, a capital de Angola, com 177.029 casos e 278 óbitos, Benguela (90.896 e 348 óbitos), Uíge (69.164 e 250 óbitos) e Bié (65.068 e 324 óbitos). Já as províncias com os menores números de casos e óbitos são Cabinda (2.061 e cinco óbitos), Namibe (5.355 e cinco óbitos) e Cunene (5.926 e 28 óbitos). A província do Huambo, apesar do reduzido índice de casos (24.757), comparativamente às restantes regiões apresenta um elevado número de mortes, com um total de 122 óbitos, igual situação à do Cuanza Sul, com um registo de 40.990 casos e 141 mortes.
A malária, além de constituir a principal causa de morte em Angola, é também o principal motivo de internamentos hospitalares e de abstenção escolar e laboral. Os dados indicam ainda que só nas últimas 24 horas houve a necessidade de internamento de 394 doentes, tendo sido solicitadas 103 transfusões sanguíneas e realizadas 137 hemotransfusões. Também nas últimas 24 horas, a malária afetou 4.774 crianças entre os zero e quatro anos, com um total de 28 óbitos, seguindo-se menores entre os cinco e 14 anos, com 4.250 casos e nove óbitos, sendo o restante maiores de 15 anos com 4.471 casos e 13 mortes, que perfazem o total em todo o país de 13.405 casos e 50 óbitos.
Como medidas de controlo vetorial e ações de prevenção da doença em todo o país, foram realizadas várias ações nas últimas 24 horas, como a distribuição de mosquiteiros, fumigação aérea, pulverização intradomiciliar e aplicação de biolarvicidas em criadouros, para o controlo larval.
Fonte: Lusa