
Grécia e Macedónia assinaram, este domingo, um acordo histórico para alterar o nome daquela ex-república jugoslava para República da Macedónia do Norte.
Além do ministro grego, Nikos Kotzias, e macedónio, Nikola Dimitrov, estiveram na cerimónia, realizada nas margens do lago da fronteira de Prespes, os primeiros-ministros Alexis Tsipras, pela Grécia, e Zoran Zaev, da Macedónia, o negociador da ONU Matthew Nimetz e a diplomata da União Europeia (UE) Federica Mohgherini.
“Cumprimos hoje o nosso dever patriótico (…), um passo histórico para fechar as feridas do passado, para abrir o caminho para a cooperação dos nossos países, dos Balcãs e de toda a Europa”, disse Tsipras. “Este passo não deve ser suspenso (…), porque damos um exemplo para construir o futuro contra o ódio”, acrescentou.
O acordo, que deve entrar em vigor dentro de seis meses, coloca um fim numa querela político-semântica de 27 anos. Atenas era contra a utilização do nome Macedónia por outro país, porque poderia levar a que este vizinho reivindicasse o território de uma região do norte da Grécia com o mesmo nome.
Pelo seu lado, a ex-república jugoslava tem aspirações de entrar na União Europeia e na NATO, o que estava a ser dificultado pelo veto da Grécia, membro das duas organizações.
Com este acordo, que será de seguida submetido à ratificação do parlamento grego, Atenas deve levantar o veto grego à entrada da Macedónia na União Europeia e na NATO.
Do lado macedónio, o acordo deve ainda ser ratificado pelo parlamento, aprovado por referendo e publicado numa emenda constitucional.
Se o acordo tropeçar do lado macedónio, a integração euro-atlântica de Skopje será interrompida, advertiu Tsipras.