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Bairro da Jamaica: Cidadão angolano Hortêncio Coxi foi detido pela PSP

Hortêncio Coxi, cidadão angolano de 31 anos, foi preso pela Polícia de Segurança Pública (PSP) da Amora por estar a conduzir com 2,26 g/l de álcool no sangue.

A notícia é avançada pelo jornal Correio da Manhã, que acrescenta que esta é uma taxa de alcoolémia considerada crime, sendo quase cinco vezes superior à taxa permitida de 0,5%.

Já depois das duas da manhã desta sexta-feira, a polícia interceptou o veículo conduzido por Hortêncio Coxi, que seguia com um comportamento estranho. Sujeito a teste de álcool, comprovou-se que o homem de 31 anos estaria a conduzir embriagado, pelo que foi levado para a esquadra.

No manhã do dia 20 de Janeiro, a polícia foi alertada para “uma desordem entre duas mulheres” no Bairro da Jamaica, tendo sido deslocada para o local uma equipa de intervenção rápida da PSP de Setúbal.

Segundo a PSP, um grupo de homens reagiu à intervenção dos agentes da polícia quando estes chegaram ao local , atirando pedras.

No incidente ficaram feridos, sem gravidade, cinco civis e um agente da PSP que foram assistidos no Hospital Garcia da Orta, em Almada.

A PSP abriu na altura um inquérito para “averiguação interna” sobre a “intervenção policial e todas as circunstâncias que a rodearam”. No dia 30 de Março foram abertos dois processos disciplinares a dois polícias por “uso excessivo da força”. Os processos disciplinares foram abertos por despacho do Director Nacional da PSP, Luís Farinha.

Num comunicado divulgado pelo Ministério da Administração Interna (MAI) é ainda referido que as averiguações ao sucedido na manhã de 20 de continuariam “por 15 dias úteis com vista à realização de diligências complementares no âmbito do processo”. Do documento, o MAI acrescentava que o processo de inquérito havia sido concluído a 22 de Março.

O uso excessivo da força, mesmo que em legítima defesa, terá sido um dos fundamentos utilizados pelo Director Nacional da PSP para a abertura dos processos ao agente que alega ter sido atingido por uma pedra quando chegou ao Bairro da Jamaica e o chefe da equipa. Da investigação efetuada pela polícia resultou ainda uma proposta para alterar a forma como a polícia actua em situações como a que encontrou neste bairro do Seixal.

Com a divulgação das imagens, a actuação da PSP foi muito criticada tendo estado na origem de duas manifestações: uma na Avenida da Liberdade em Lisboa que terminou com confrontos entre a PSP e alguns participantes no protesto e outra em frente à Câmara Municipal do Seixal, ambas contra o racismo e a forma como alegadamente a PSP trata as minorias.

O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa chegou mesmo a visitar o bairro no dia 04 de Fevereiro ( um feriado nacional em Angola) e chegou a falar com a família de angolanos que esteve envolvida nos confrontos com os agentes da PSP.

Pedido de apoio à embaixada de Angola

Segundo uma fonte da Vivências Press News no Bairro da Jamaica, a família terá já contactado um advogado e pretende também solicitar apoio junto da missão diplomática de Angola em Portugal.

“Agora ainda é prematuro fazer-se alguns pronunciamentos mas estamos acompanhar as notícias. Já contactamos o nosso advogado e vamos também solicitar apoio da Embaixada de Angola. Vamos aguardar “, disse uma fonte familiar.

One Comment

  1. O sr.Hortêncio Coxi ainda vai ter direito a uma medalha de ouro ‘pelos serviços distintos prestados ao “pasquim” que se interessa por estas interessantes notícias !!!!

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