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Banco Nacional de Angola repudia testes aos novos kwanzas

A primeira semana de circulação da nova nota de 200 kwanzas da série de 2020, no mercado desde 30 de Julho último, ficou marcada por actos de “vandalismo”, que podem comprometer a durabilidade das cédulas, segundo avançou o chefe do Departamento do Meio Circulante do Banco Nacional de Angola (BNA), Sebastião Banganga, de que alguns cidadãos estão a testar de forma incorrecta a durabilidade das cédulas, levando à sua destruição. 

A referida prática, segundo o responsável, configura transgressão à Lei 16/10, de 15 de Julho, passível de punições, pelas autoridades competentes do Estado angolano. 

Ao abrigo desse instrumento jurídico, apenas o Banco Central tem competência para destruir notas, decorrente do processo de saneamento, pelo que a instituição repudia a prática da destruição das cédulas, pelos cidadãos. 

Segundo afirmou Sebastião Banganga à imprensa, na quinta-feira, 6, as novas notas são feitas de um material mais resistente que as actuais, mas não se aceitam os testes dos cidadãos, susceptíveis de destruir estas cédulas. 

“Apesar de o material de fabrico oferecer mais resistência, devem ser conservadas correctamente, não sendo recomendável a realização de testes que as danifiquem ou as destruam”, declarou. 

As notas de 200, tal como as de 500, 1.000 e 2.000 kwanzas, que em breve entrarão no mercado, são produzidas em substratos de polímero, um material semelhante ao plástico. 

Segundo o BNA, integram elementos inovadores de alta segurança e oferecem maior durabilidade média, quatro vezes superior à das notas de papel. Apenas a nota de 5.000 é feita em substratos de algodão, mas igualmente com a incorporação dos mesmos elementos de segurança.  

Com a adopção do novo material, o Banco Central garante a redução significativa dos custos associados à reposição de notas degradadas e cumpre o desígnio de fornecer ao público cédulas com a qualidade necessária. 

As novas notas entrarão em circulação, de modo progressivo, estando a de 200 kwanzas no mercado desde 30 de Julho último. Em Setembro, será introduzida a nota de 500 kwanzas, em Outubro a de 1.000 kwanzas, em Novembro entrará em circulação a nota de 2.000 kwanzas e em Janeiro de 2021 a de 5.000 kwanzas, em conformidade com a Lei n.º 7/20, de 30 de Março, que autoriza a respectiva emissão e colocação em circulação pelo BNA. 

Estas notas circularão em simultâneo com as notas da Série 2012, continuando estas a ser válidas e aceites, podendo vir a ser paulatinamente retiradas de circulação. 

Assim, as notas actuais da série 2012 continuam a ser válidas e aceites como meio de pagamento, sem restrições, não sendo necessário proceder à sua troca ou substituição pela série 2020. 

Entretanto, após algum tempo, passarão a circular apenas as notas da série 2020, com elementos inspirados na identidade cultural do País. 

Têm como imagem central e comum a efígie de António Agostinho Neto, primeiro Presidente da República, ao contrário das actuais que trazem o rosto de dois ex-Chefes de Estado. 

De acordo com o chefe do Departamento do Meio Circulante do BNA, a sede e as delegações regionais têm notas de 200 kwanzas suficientes, que têm sido disponibilizadas aos bancos comerciais e estes aos seus clientes. 

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