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Bispos católicos criticam situação “deplorável” da saúde em Angola

Os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) manifestaram-se hoje (14) indignados com o “quadro deplorável de degradação” da saúde em Angola, lamentando a “escandalosa e gritante” falta de medicamentos e a “desumanidade endémica” nos hospitais.

A declaração dos bispos católicos foi feita, quarta-feira (14), pelo vice-presidente da CEAST, José Manuel Imbamba, numa conferência de imprensa de balanço da primeira assembleia plenária anual, que decorreu de 08 a 14 de março, na província angolana do Namibe.

Para a CEAST, que ainda assim saúda o anúncio do Governo sobre o recrutamento de novos médicos, enfermeiros e outro pessoal para o setor da saúde, o atual quadro sanitário do país abre espaço para “muitos charlatães extorquirem e explorarem os pobres”.

“Lamentamos ainda a facilidade com que produtos impróprios para o consumo humano entram no país e recomendamos para o efeito maior rapidez na correção desses males, assim como renovamos o compromisso de manter viva a cooperação através da Cáritas”, disse.

No comunicado de imprensa, apresentado pelo também porta-voz da CEAST, os bispos angolanos congratularam-se com o levantamento da proibição da extensão do sinal da Rádio Ecclesia, emissora católica de Angola, em todo o país, feito pelo Presidente angolano, João Lourenço.

“E pelos novos anúncios referentes à reforma do projeto de construção da basílica da Muxima e das negociações para o Acordo-quadro entre a República de Angola e a Santa Sé”, adiantou.

Os bispos angolanos encorajam igualmente João Lourenço a “prosseguir no caminho da reforma do Estado”, para que todos os angolanos primam pela dignidade, honra e nobreza de espírito, fazendo com que as assimetrias regionais desapareçam, a cultura da justiça se fazendo se afirme e os bens de todos a todos beneficiem”.

Durante esta primeira assembleia plenária anual, que também serviu para a abertura do jubileu dos 50 anos da CEAST, os bispos católicos procederam ainda à plantação de árvores no deserto do Namibe, com vista a travar a desflorestação naquela localidade.

“E para que a busca desenfreada e egoísta do dinheiro e do lucro fácil não matem a natureza e a biodiversidade. Daí que recomendamos maior vigilância na luta contra os malfeitores do meio ambiente”, argumentou.

Na ocasião, o arcebispo de Saurimo condenou ainda o surgimento estranho pelo país de “seitas cristãs e anticatólicas” que no seu entender transportam mensagens que constituem em “autênticas e graves ameaças à unidade, harmonia e integridade das famílias”.

“Pelo que, os bispos solicitam e a apelam aos órgãos competentes para que assumam as suas responsabilidades legais a fim de porem cobro nesta situação”, alertou.

Fonte: SIC

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