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Bolsonaro pede a João Lourenço que proteja os membros da IURD em Angola

O Presidente brasileiro enviou uma carta ao Presidente João Lourenço em que pede que seja aumentada a protecção dos membros da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola, “a fim de garantir a sua integridade física e material, e a restituição de propriedades e moradias”.

Na carta divulgada no Twitter pelo seu filho, Jair Bolsonaro diz-se preocupado com “os recentes episódios em Angola de invasões a templos e outras instalações da Igreja Universal do Reino de Deus”.

Na missiva enviada a João Lourenço lê-se ainda que se “registam relatos de agressões a membros da IURD, que em certos casos teriam sido expulsos das suas residências”.

Bolsonaro considera que é “preciso evitar que factos dessa ordem voltem a produzir-se ou sejam caracterizados como consequência de disputas internas”.

O Presidente brasileiro lembra que “há perto de 500 pastores da IURD em Angola e, nesse universo, 65 são brasileiros”.

Para Bolsonaro, “os aludidos actos de violência são atribuídos a ex-membros da IURD, que também têm levantado acusações e, com isso, motivado diligências policiais na sede da entidade e nos domicílios de dirigentes seus”.

A carta agora divulgada por Eduardo Bolsonaro, chega depois de, na sexta-feira, 10, o Serviço de Investigação Criminal da Polícia Nacional de Angola (SIC) ter desenvolvido acções de busca e apreensão contra pastores da IURD por suspeita de evasão de divisas e de lavagem de dinheiro. Os templos religiosos também foram alvo dos mandados judiciais do SIC.

 No passado dia 22 de Junho, os pastores angolanos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) expulsaram os pastores brasileiros da IURD, por alegados actos condenáveis praticados pelos brasileiros em detrimento dos nacionais.

A comissão de reforma da IURD tomou cerca de 30 igrejas em Luanda e em algumas outras províncias do País.

“A igreja vem desenvolvendo há muito tempo e a ganância dos expatriados brasileiros foi-se avolumando, razão pela qual tomamos a decisão da rotura do convénio com a gestão brasileira”, explicou Nilton Ribeiro, porta-voz dos pastores angolanos.

“Crimes como racismo, discriminação social, abuso de autoridade, faltas de respeito, humilhações públicas e evasão de divisas para o exterior e expatriamento ilícito de capital, são alguns problemas que podemos evocar”, denunciou Ribeiro.

De acordo com o porta-voz, não existe qualquer tipo de negociação possível com a outra parte, “porque foi lhes dada a oportunidade em Novembro do ano passado”.
 
“Tomamos seis províncias do País, Luanda, Benguela, Huambo Malanje, Cuanza Sul e Namibe”, sentenciou.

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