
Na passa terça-feira, dia 16, o Brasil registou um recorde de 34.918 novos casos de covid-19.
O Brasil, o segundo maior país com coronavírus do mundo depois dos Estados Unidos, em breve chegará a 1 milhão de casos, embora segundo os especialistas o número deva ser bem mais alto, pois os testes de diagnóstico não estão a ser feitos sistematicamente.
No que diz respeito às mortes por covid-19, o país registou 1.282 mortes desde segunda-feira, elevando o número de fatalidades para 45.241.
Walter Braga Netto, chefe do gabinete do Presidente Bolsonaro e um dos principais responsáveis pela crise, disse no mesmo dia 16 que a situação estava sob controlo.
“Há uma crise, estamos solidários com as famílias enlutadas, mas é uma crise gerível”
Braga Netto afirmou ainda que o número de mortes por milhão de habitantes no Brasil é melhor do que o de alguns países da Europa, como Bélgica, Espanha, Reino Unido, Itália e França, o que, na sua opinião, era motivo de optimismo.
O mesmo sentimento não é partilhado pelo director regional da Organização Mundial da Saúde nem pela directora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne, que afirmou em Washington que o Brasil representa uma grande preocupação, pois representa um quarto dos cerca de 4 milhões de casos de coronavírus em todo o continente americano e quase 25% das mortes.
As recomendações da OPAS para o Brasil e outros países da região vão no sentido de fortalecerem o distanciamento social e reabrirem a economia de forma lenta e cuidadosa.
O Presidente brasileiro é há muito contra as medidas de distanciamento social, e muitos estados do país estão a reabrir os negócios, mesmo que a epidemia no país seja ainda muito grave.