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Casos positivos de covid-19 sobem para 69

Em 24 horas foram diagnosticados oito novos casos positivos de covid-19, em cidadãos com idades compreendidas entre 1 e 79 anos, informou ontem a ministra da Saúde Sílvia Lutucuta.

Sete desses casos foram detectados no interior da cerca sanitária do Futungo e têm relação com um dos casos importados registados na estatística geral.

O outro infectado, associado ao caso 50, tem um cancro em fase avançada e insuficiência renal aguda, mas nenhuma manifestação clínica associada à covid-19.

O caso 50 refere-se ao idoso de 88 anos que faleceu, por ter uma doença pulmonar obstrutiva crónica, que se agravou substancialmente com a covid-19.

A quarta morte registada no País também está associada ao caso 50. A vítima, de 43 anos, tinha insuficiência renal e estava internada no mesmo quarto que o idoso na Clínica Multiperfil, como o novo infectado que tem cancro.

Na conferência de imprensa realizada este domingo, 24, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, informou ainda que estão a ser testados todos os pacientes e profissionais de saúde que estiveram no piso com casos positivos diagnosticados nesta clínica, que está sob cerca sanitária desde o dia 19 do corrente mês.

Nas 24 horas a que reportava a comunicação, os casos positivos tinham aumentado de 61 para 69, dos quais quatro óbitos, 18 recuperados e 47 activos e considerados estáveis, por não apresentarem nenhuma evolução clínica para melhor ou pior.

No âmbito da vigilância epidemiológica, Sílvia Lutucuta disse que está a ser feito um mapeamento dos casos de síndrome respiratória aguda a nível do país, para verificar a sua relação com a covid-19, que revela ser uma doença multi-sistémica, com evolução clínica imprevisível, podendo levar a complicações graves e a morte do paciente.

Das mais de 10.000 amostras colhidas, 6.978 são negativas, 69 positivas e as restantes estão em processamento. Em média são processados 400 testes por dia e prevê-se o aumento da capacidade de testagem com os equipamentos chegados da China recentemente.

Sílvia Lutucuta disse que Angola está a envidar esforços, com apoio da Organização Mundial da Saúde(OMS) e do Fundo Global, para adquirir no mercado internacional aparelhos de testagem que processam mais de 3.000 amostras por dia. “Está difícil neste momento, por ser muito procurado também por outros países, mas vamos continuar a fazer esse esforço”, garantiu.

Em cinco províncias estão a ser usados os aparelhos de diagnosticados da tuberculose para processamento dos testes ligados à covid-19.

Para o reforço da capacidade de atendimento, estão a ser distribuídas 160 toneladas de material de biossegurança em todas as províncias do país e formados profissionais de saúde em vigilância epidemiológica e laboratorial, e gestão de casos de covid-19.

A partir do dia 1 de Junho muitos destes profissionais, jovens na sua maioria, vão integrar às equipas de resposta rápida e as que trabalham nos centros de tratamento, onde são administrados aos pacientes cloroquina e azitromicina para a sua recuperação.

Este tratamento, segundo a ministra, tem dado resultados satisfatórios e é o mesmo que está a ser utilizado em vários países como Senegal e África do Sul.

Pelo sucesso no tratamento de muitos casos, Angola foi seleccionada, num grupo de oito países, para apresentar a sua experiência num fórum internacional, de acordo com o representante da OMS em Angola, Javier Aramburo, que durante a conferência de imprensa desmentiu a informação segundo a qual Angola tem ocultado dados sobre a covid-19.

A ministra Sílvia Lutucuta esclareceu que a OMS acompanha diariamente o trabalho da Comissão Intersectorial para Prevenção e Combate à covid-19, pelo que obtém, em primeira instância, as informações sobre a situação da doença no país.

Sobre do auditoria do Fundo Global aos programas financiados entre 2012 e 2017, Sílvia Lutucuta confirmou que foram identificadas despesas não específicas durante este período, em que não era ainda titular do sector, relacionadas à serviços utilizados, mas sem documentos comprovativos.

Parte do valor destas despesas, correspondente a 225.000 dólares, foram reembolsados pela OMS, no âmbito da cooperação com Angola, e o restante será devolvido pelo Governo.

Apesar desta situação, o Fundo Global disponibilizou um milhão e trezentos mil dólares para apoiar acções de prevenção e combate à covid-19 desenvolvidas no país. “É um parceiro estratégico de Angola e a nossa relação está melhor do que nunca”, assegurou a ministra.

Fonte: Angop

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