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Cidadã angolana lidera rede de imigração ilegal em Portugal

Duas dezenas de mulheres portuguesas foram aliciadas, quase todas na linha de Sintra, a casarem com homens provenientes da Índia, Paquistão e principalmente Bangladesh, para que estes conseguissem autorização de residência e, cinco anos depois, a nacionalidade portuguesa.

O jornal Correio da Manhã avança que a nacional de uma rede internacional de imigração ilegal pagou a cada uma dessas mulheres pelo menos 5 mil euros pelo chamado casamento de conveniência.

Mas o que as “noivas” não sabiam é que estavam a entregar-se a um inferno. Foram coagidas e tinham as famílias verdadeiras ameaçadas de agressões e morte para obterem anualmente os documentos (que requeriam nas juntas de freguesia), que confirmavam que mantinham o casamento e a união, permitindo aos falsos maridos renovarem as autorizações de residência junto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

A líder da rede, uma imigrante angolana, e dois dos “noivos”, considerados especialmente violentos, entre os 28 e 30 anos, foram agora detidos pela Unidade Nacional Contra Terrorismo da Polícia Judiciária, numa acção urgente para “protecção da vida humana”.

Algumas mulheres estavam em risco de sofrerem agressões “muito graves”. O trio ficou em prisão preventiva. As mulheres foram aliciadas em momentos difíceis de desemprego ou mesmo miséria. Deslocaram-se a vários países europeus para casar, actos que depois eram transferidos e reconhecidos na conservatória central em Portugal.

Nos cinco anos seguintes (prazo para os falsos maridos obterem a nacionalidade portuguesa definitiva) estavam nas mãos da rede. Tentaram criar e manter uma família normal com novos companheiros. Mas a rede estava “disposta a tudo” para que não quebrassem o “contrato”.

As redes criminosas organizadas que recrutam portuguesas para casamentos de conveniência ligam à Bélgica, Alemanha, Irlanda e Chipre, diz o Relatório de Segurança Interna das autoridades portuguesas.

Fonte: CM

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