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Cimeira empresarial entre Portugal e Angola adiada

A cimeira entre empresários portugueses e angolanos, marcada para dia 27 de março e que contava com o apoio expresso do Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e o acordo tácito do seu homólogo angolano, João Lourenço, foi adiada.

O cancelamento da iniciativa foi confirmada pelo presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portugal -Angola (CCIPA), João Traça, e deveu-se ao facto da data da cimeira coincidir a realização em Abidjan, Costa do Marfim, do África CEO Forum, no qual diversos empresários angolanos tinham já confirmado a sua presença. “Sem empresários angolanos a cimeira não fazia sentido”, adiantou João Traça.

Este fórum na Costa do Marfim terá lugar, precisamente, entre os dias 26 e 27 de março.

O presidente da CCIPA diz que estão agora a ser estudadas novas datas para a realização deste evento. Devido ao período pascal, é provável que a cimeira se venha a realizar em maio.

Este encontro entre empresários de dois países estava a ser visto como o início do degelo das relações diplomáticas entre Portugal e Angola, penalizadas pelo processo judicial em que está envolvido, acusado de corrupção, o ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente. Segundo o semanário Expresso a cimeira iria contar com a presença de ministros de ambos os países, institucionalizando assim o reatamento progressivo das relações.

Durante a cimeira, que iria decorrer no hotel Epic Sana, em Lisboa, estava prevista a apresentação de um estudo da Deloitte sobre as relações económicas entre os dois países. O estudo “demonstra o elevado nível de comprometimento das empresas e das instituições dos dois países no futuro, na confiança mútua e no desenho de um caminho que possa trazer progresso e desenvolvimento aos povos angolano e português”, afirmou João Traça na edição de 3 de março do jornal Expresso.

Angola está agora no radar de outros países. Prova disso é o facto do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, visitar oficialmente o país entre 25 e 26 de março, levando consigo uma linha de crédito de 250 milhões de dólares para financiar projectos no domínio da indústria agro-alimentar.

Fonte : Jornal de Negócios.

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