
Números estão a ser avançados por uma agência noticiosa angolana. O diretor dos Caminhos-de-Ferro de Moçamedes, por seu lado, fala em pelo menos seis mortos, mas admite uma tendência para estes números subirem.
Várias pessoas morreram, existindo um número de feridos ainda por determinar, após uma colisão entre dois comboios ocorrida esta terça-feira na linha dos Caminhos-de-Ferro de Moçamedes (CFM), na província angolana do Namibe, sul do país.
A Agência Angola Press refere que morreram pelo menos 17 pessoas morreram. Mas existe uma disparidade nos números apresentados, porque segundo o diretor da empresa CFM, Daniel Quipaxe, que explicou que o acidente ocorreu às 06:30 (mesma hora em Lisboa) de hoje e terá tido origem num erro humano, existem pelo menos seis mortos, “mas a tendência é subir porque há feridos também”.
“O comboio que seguia no sentido Lubango/Namibe, e que transportava granito, e o comboio de manutenção da via, sob responsabilidade chinesa, que circulava no sentido Namibe/Bibala. Infelizmente aconteceu essa situação, que resultou em danos materiais e humanos”, disse o responsável em declarações à rádio pública angolana.
Daniel Quipaxe avançou que já está uma comissão a trabalhar para apurar as causas do acidente, mas indicou que “houve erro humano, por parte de quem devia ter feito a comunicação antecipada da circulação dos dois comboios, que não fez no momento oportuno”.
Os feridos, conforme adiantou, estão a ser transportados para hospitais das províncias do Namibe e da Huíla.
Nesta altura decorrem igualmente, trabalhos para o desencarceramento da máquina chinesa “que é a que mais sofreu”.
“Pensamos que deve haver mais vítimas nessa locomotiva chinesa. Existem condições e já lá estão os bombeiros também a colaborar connosco”, explicou Daniel Quipaxe, acrescentando que aquela via fica interrompida enquanto se processa o desencarceramento e a retirada das duas composições.
Fonte: Lusa