
Que a água do mar nos faz bem já não é segredo nem espanto. Cientificamente já existem provas de que a eletrólise marinha gera no nosso corpo ações de bem-estar e de ajuste metabólico. A sua energia dá-nos saúde, refresca, acalma, auxilia-nos quando o corpo está doente, sobretudo se estivermos debilitados no sistema autoimune, ou se tivermos dores crónicas, entre muitos outros benefícios.
O francês René Quinton (1866 – 1925) foi o primeiro cientista a investigar a similaridade entre a água do mar, mamíferos linfáticos e o sistema de plasma sanguíneo. Ele deu-nos a saber os mistérios da água do mar e da sua compatibilidade com os organismos vivos, por meio de processos, levando a cabo diversas experiências científicas em hospitais. Isto significa que os nossos fluidos vitais são marinhos.
Este biólogo mostrou-nos a hipótese de que a vida animal (e o meio vital), que começou como uma célula no mar, preservou nos tempos de toda a evolução zoológica as células com memórias daquele organismo original, proveniente de um ambiente marinho. Isso serve tanto para as espécies marinhas quanto para as de água doce ou as terrestres. Esse meio vital é externo nas primeiras espécies (do mar) e interno nas que vieram depois (com sangue e linfa).
Mas a mensagem de hoje tem a ver com luz, brilho, calma, cores que nos trespassam o corpo, a alma, e nos devolvem a vida. Se estiver junto ao mar, detenha-se a observar a imensidão de cores que dele brotam, quase que me atrevo a perguntar-lhe se alguma vez se deteve a olhar com os “olhos do sentir” para as águas do mar? São vários os tons de azul da sua água, os quais dependem da região geográfica onde fazemos esta observação, pois consoante for o oceano assim se estende o manto de azul, desde o verde esmeralda ao azul mais claro e transparente.
Para isso, precisamos ter em conta que estas tonalidades de azul dependem das algas, sais minerais e de toda a flora marinha nos seus diversos tons, verde, ocre, laranja, branco, roxo, terra, etc. Esta diversidade de plantas, algas e corais são o sustento de animais tão coloridos quanto a vastidão das águas que contemplamos, as quais não conseguimos definir qual delas é a linha do céu ou do mar.
A sua temperatura, tal como em nós, depende de toda a harmonia entre a terra, as plantas e a água e seja ela fria ou quente, continuará repleta de vida. Não é de estranhar porque o maior alimento do planeta, a clorofila, precisa apenas de água e da luz do sol.
Os oceanos combinam-se com os rios num namoro de silêncios, renovando a vida em cada um dos mundos feitos de água. E todo este poder pode ser combinado com o nosso corpo, podemos sentir e absorver toda essa força, basta para isso, deixarmo-nos levar na paz das águas, mesmo quando elas estão agitadas.