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“Desejam calar-me política e socialmente a todo o custo”, diz Isabel dos Santos

A empresária angolana Isabel dos Santos emitiu um comunicado em que responde às mais recentes declarações do procurador-geral da República, Hélder Pitta Gróz, que disse haver dificuldades em notificar a empresária em Angola e noutros países, e em que admitiu que a possibilidade de emitir um mandado de captura “está em aberto”.

“É falsa a afirmação que a Justiça angolana desconheça o meu paradeiro e que não me possa contactar”, diz em comunicado Isabel dos Santos a filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos.

“Desde Janeiro de 2020, constituí advogados mandatados em Angola e Portugal, com procurações forenses apresentadas e aceites pelas Justiças, bem como me fiz presente em todos os autos e processos de cuja existência tive conhecimento (por diligência minha), tanto na justiça de Portugal como na de Angola”, esclareceu.

Segundo a empresária, os advogados que a representam “encontram-se mandatados conforme manda a lei, têm praticado vários actos sucessivamente nos processos e estão em contacto com a Procuradoria-Geral de Angola, com o Tribunal de Luanda e com as Justiças de Portugal”.

A filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos desmente a afirmação de que não é conhecido o seu paradeiro ou que não esteja contactável e dá exemplos: “…em 30 de Maio e a 6 de Junho de 2020 fui notificada pelo Tribunal de Luanda e recebi despachos-sentença, tendo apresentado recursos”.

A empresária que se queixa de a PGR de Angola “querer criar um quadro artificial de justificação” para emissão de mandato internacional de detenção para a calar, diz que tem participado “regularmente em actos societários e reuniões diversas como aconteceu recentemente na Assembleia Geral do EuroBic realizada no passado mês de Abril, tal como em outras convocatórias”.

“A minha liberdade de expressão parece estar a incomodar politicamente e por isso desejam calar-me política e socialmente a todo o custo”, acusa a empresária, que declara que a “descoberta e reposição da verdade neste processo” é do seu maior interesse”.

“Sou, além dos meus colaboradores e suas famílias, a pessoa mais afectada com esta situação de injustiça fruto de uma perseguição política. O que pretendo ver resolvido o mais rapidamente possível são estes ataques à minha reputação e ao meu bom nome, como empresária e empreendedora africana, pelo que estou disponível, como sempre estive, a colaborar com a Justiça e a prestar todos os esclarecimentos necessários para que prevaleça a verdade”, finalizou a empresária.

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