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Embaixada de Angola vai entregar protesto ao Governo português

A notícia foi avançada pela Rádio Nacional de Angola (RNA), O Executivo angolano através do Ministério das Relações Exteriores (MIREX) enviou um protesto diplomático ao Governo português.A entrega formal do protesto será feita nos próximos dias pelo embaixador da República de Angola em Portugal, Carlos Alberto Fonseca, que tem agendada uma deslocação ao Palácio das Necessidades, sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, garantiu uma fonte da Vivências Press News.”

“A decisão já foi oficialmente tomada pelo MIREX em Luanda, daí que a comunicação social angolana tenha avançado com a informação, mas ainda não se materializou. Cabe ao representante do Estado angolano em Portugal [embaixador de Angola em Portugal, Carlos Alberto Fonseca], efectivar a orientação do MIREX junto do Palácio das Necessidades, que deverá acontecer dentro dos próximos dias”, garante a fonte.

Na manhã desta segunda-feira, 21, Carlos Alberto Fonseca manteve uma “reunião de crise”, com altos funcionários da Missão Diplomática de Angola em Portugal e também da Missão Consular de Angola em Lisboa. Durante a reunião foi discutida a estratégia de actuação face aos acontecimentos motivados pela agressão da Polícia de Segurança Pública (PSP) a seis membros de uma família angolana residente no Bairro da Jamaica, em Seixal.Ainda durante a reunião, Carlos Alberto Fonseca terá informado os membros corpo diplomático angolano sobre a nota de protesto emitida pelo MIREX e discutido pormenores sobre a sua entrega formal ao Governo português, garante ainda a fonte.

Entretanto, uma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, garantiu a Vivências Press News que até ao momento não foi entregue ao Palácio das Necessidades qualquer protesto formal por parte do Governo angolano.”Um protesto em termos diplomáticos é uma reacção oficial de um Estado face a determinado facto, incidente ou acontecimento.

“É um procedimento normal, justo e legal. Era perfeitamente natural e aguardada esta reacção do MIREX pelo facto de seis membros de uma família angolana terem sido agredidos pela polícia portuguesa e um dos quais esteve detido. Estranho e anormal seria o Estado angolano remeter-se ao silêncio”, disse um antigo diplomata angolano.

Hortêncio Coxi foi detido pela PSP mas entretanto já libertado. E disse que não atirou pedras à polícia, estava apenas a assistir. Segundo acrescentou, na esquadra onde foi detido terá sido de novo agredido pelos agentes da PSP.

A PSP já anunciou um inquérito ao que se passou este fim de semana no Bairro da Jamaica. As versões dividem-se. A PSP diz que um seu carro e respetivos agentes foram recebidos à pedrada quando foram chamados a resolver uma resolver uma desavença entre moradores que ocorrera numa festa de aniversário.

Um dos agentes terá ficado seriamente ferido, com uma pedrada na boca. Os moradores dizem, porém, que os agentes partiram diretamente para a agressão, sem terem sido agredidos.

 

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