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Empréstimos da China a Angola ultrapassam os 50 mil MEuro em 35 anos

Os empréstimos da China a Angola totalizam mais de 60 mil milhões de dólares (50 mil milhões de euros), concedidos desde que os dois países estabeleceram relações diplomáticas, em 1983, disse hoje o embaixador chinês em Luanda, Cui Aimin.

Num artigo de opinião publicado pelo diplomata na edição de hoje do Jornal de Angola, intitulado “Iniciar Nova Jornada na Parceria Estratégica entre a China e Angola”, Cui Aimin recorda os 35 anos das relações entre os dois países, que dispararam, em termos económicos, após o fim da guerra civil, em 2002.

Os empréstimos chineses, explica, destinaram-se “à construção de inúmeras obras de infraestrutura como centrais de energia, estradas, pontes, hospitais e casas, incentivando o desenvolvimento económico e a melhoria da vida do povo de Angola”.

“Os resultados da cooperação pragmática entre a China e Angola são frutíferos. Actualmente, a China é o maior parceiro comercial de Angola, enquanto Angola é o segundo maior parceiro comercial, o maior fornecedor dos petróleos da China em África, um dos maiores mercados ultramarinos de obras empreitadas”, assume o embaixador chinês.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, realiza entre 13 e 14 de Janeiro uma visita oficial a Angola, que segundo a diplomacia angolana envolve a assinatura de um acordo para facilitação de vistos em passaportes ordinários e uma reunião com o chefe de Estado, João Lourenço.

No mesmo artigo de opinião, o embaixador chinês recorda que no final de 2016 foi realizado em Luanda o Fórum de Investimento China-Angola, que resultou na celebração de 48 acordos de intenção de investimento, no valor total de 1.200 milhões de dólares (1.000 milhões de euros).

“Têm-se aperfeiçoado também os mecanismos de cooperação, inclusive, a Comissão Orientadora da Cooperação Económica e Comercial entre a China e Angola. Com a finalidade de apoiar a capacitação de quadros angolanos, a parte chinesa forneceu a formação a mais de 2.500 funcionários angolanos em diversas áreas, assim como 300 bolsas de estudo”, enfatiza o diplomata.

A China enviou ainda, desde 2009, quatro equipas médicas, compostas por mais de 60 médicos, que fizeram 200 mil consultas grátis para cidadãos angolanos no Hospital Geral de Luanda. Este hospital, acrescentou, foi “doado pelo Governo chinês e ainda é a melhor unidade sanitária integrada em Angola até ao momento”.

Ao fim de 35 anos, Cui Aimin afirma que as relações sino-angolanas estão “no melhor nível na história”, sendo “um exemplo da cooperação de benefícios mútuos e desenvolvimento comum entre a China e os países africanos”.

“As relações políticas entre a China e Angola vêm-se intensificando. As duas partes sempre mantiveram, de visão estratégica e de longo prazo, o rumo certo no desenvolvimento das relações sino-angolanas, reforçando a confiança política mútua, apoiando-se uma à outra na escolha do caminho de desenvolvimento, de forma auto-determinante, e que corresponde às próprias realidades, compreendendo e apoiando-se reciprocamente nas questões dos respectivos interesses nucleares e grandes preocupações”, enfatizou.

Fonte: Lusa

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