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Espionagem: Piratas russos roubam segredos militares de Portugal

Um ataque massivo aos sistemas informáticos do Ministério da Defesa e do Estado-Maior das Forças Armadas portuguesas permitiu a um grupo de piratas informáticos desviar três gigabytes de informação, apurou o jornal Correio da Manhã, tendo sobretudo incidido sobre emails trocados.

O acto de pirataria ocorreu em Novembro do ano passado, mas só agora foi divulgado pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas portuguesas.

“Tivemos em Novembro um ataque aos sistemas de Defesa que não foi detectado por nós. Foi semelhante a outro que houve na Alemanha e os Serviços de Informações avisaram-nos. Depois, especialistas de Defesa conseguiram controlar o ataque”, explicou o almirante Silva Ribeiro, na segunda-feira, à RTP.

A pirataria passou por um ataque massivo a contas de correio electrónico de funcionários civis e militares que trabalham no edifício do Ministério da Defesa, no Restelo.

Um dos alvos terá sido vitima de phishing, esquema em que se envia um email aparentemente inócuo, mas que, quando o destinatário carrega nos links ou ficheiros que contém, permite a quem o enviou ter acesso a esses computadores e os piratas entraram no sistema.

Tudo aponta para que a origem do ataque esteja na Rússia, apesar de não haver confirmação oficial.

“É aquilo a que chamamos ameaças persistentes avançadas, de natureza estatal. Sabemos que há um [país] que está interessado em ataques a ministérios de soberania, como os Negócios Estrangeiros, a Administração Interna ou Defesa”, admitiu o almirante Silva Ribeiro, deixando subentendido que não terá partido da China, país que procura informações económicas ou de tecnologia industrial.

Não é uma pessoa normal, sozinha, que faz isto. Requer capacidades tecnológicas , um Estado por detrás a sustentar isto

Apesar do ataque, os piratas não terão tido acesso a informação classificada nem a dados sobre a NATO. A informação desviada diz respeito a emails do dia-a-dia de funcionários e militares que trabalham no Ministério da Defesa.

“A forma como reagimos a este ataque mostra que estamos no caminho certo e preparados para a defesa das nossas redes. O actual sistema de interligação de Defesa que está implementado com outras entidades é eficaz”, diz o porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas.

Fonte: CM.

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