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Estradas angolanas registaram até setembro 2.000 mortes e 7.000 feridos

As estradas angolanas registaram, de janeiro a setembro deste ano, mais de 2.000 mortes e mais de 7.000 feridos, num total de 7.000 acidentes, informou hoje a polícia.

A informação foi transmitida pelo chefe de departamento de comunicação institucional e imprensa da Direção Nacional de Viação e Trânsito, superintendente-chefe Angelino Sarrote, que referiu que, em média, Angola regista 26 acidentes por dia, que resultam em sete mortes e 29 feridos.

Falando à imprensa à margem da cerimónia de abertura do ciclo de palestras sobre a sinistralidade rodoviária, promovida pelo Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), em parceria com o Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA) e a Direção Nacional de Viação e Trânsito, Angelino Sarrote, assinalou que a situação “é preocupante”.

“A situação é sim preocupante, porque morrem pessoas, apesar de em relação a igual período do ano passado termos uma redução, mas como morrem pessoas, isso é que nos preocupa, daí o reforço da capacidade institucional, para mudança de consciência das pessoas”, disse.

Segundo aquele oficial da polícia, a “Estrada Nacional (EN) número 100, a EN 230 e também a estrada que liga Lobito a Catumbela e Benguela são, grosso modo, as estradas com maior número de sinistralidade no país”, com o “excesso de velocidade” a liderar as causas dos acidentes”.

“Também a ultrapassagem irregular, o mau estado técnico dos veículos, associado a causas objetivas, em determinados troços, como o mau estado das estradas, a falta de iluminação, os atropelamentos, figurando, em primeiro lugar, a tipologia dos acidentes”, observou.

Por sua vez, o diretor nacional da Publicidade do Ministério da Comunicação Social de Angola, Filomeno Manaças, afirmou que, apesar dos dados apontarem alguma “desaceleração”, os números “martelam as consciências”.

“Portanto, nós temos uma guerra em curso nas nossas estradas. Vamos recusar as boas estradas porque estamos a ter mortes? Claro que não. Devemos nos ajustar ao progresso”, considerou, defendendo o envolvimento de todas as forças vivas do país na redução dos índices de sinistralidade.

“O Papel da Comunicação Social no Combate à Sinistralidade Rodoviária” foi o tema desta palestra, dirigida a vários órgãos de informação e efetivos da polícia.

Na ocasião, o diretor-geral do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA), António Resende, falou da necessidade de se consciencializar a sociedade, porque a sinistralidade rodoviária “é complicada”, tendo admitido que a “degradação de estradas também concorre para os acidentes”.

“As nossas estradas, algumas delas, já não têm a geometria desejada ou regulamentada para o tipo de veículos e pela velocidade que utilizamos, mas no meio de tudo isso tem o homem, que deve ter consciência daquilo que tem em seu poder”, afirmou.

“Neste momento, a nível do INEA estamos a fazer um trabalho de regulamentação, de atualização e também aquilo que é a melhoria dos nossos projetos a nível das estradas”, concluiu.

A sinistralidade rodoviária é a segunda causa de mortes em Angola depois da malária.

Fonte: Lusa

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