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FMI e Banco Mundial atentos a mudanças em Angola

O Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial estão atentos às mudanças executadas em Angola pelo novo Presidente do país, garantiram as duas organizações à agência Lusa.

O FMI diz que “mudanças pessoais são uma prerrogativa de cada Estado membro, por isso não há comentários a fazer”, mas garante que continua a monitorizar a economia do país.

Em outubro, o ministro das Finanças angolano, Archer Mangueira, disse que Angola está a avaliar a possibilidade de pedir uma assistência técnica ao FMI, eventualmente com financiamento, face às necessidades que o país enfrenta.

“Em termos da nossa visão sobre os desafios económicos e oportunidades, concluímos recentemente uma visita a Angola e emitimos uma declaração. A economia de Angola continua a gozar este ano de uma recuperação ligeira, mas ainda enfrenta desequilíbrios macroeconómicos significativos que precisam ser enfrentados de forma decisiva”, disse à Lusa o porta-voz do FMI.

Depois de 38 anos com José Eduardo dos Santos como Presidente, Angola tem desde setembro um novo líder, João Lourenço. Nos dois meses e meio que tem no cargo, Lourenço colocou em prática uma série de mudanças, incluindo substituições de administrações de várias empresas públicas, designadamente a petrolífera Sonangol.

O Banco Mundial garantiu à Lusa que “continua a trabalhar com o governo de Angola para reduzir a pobreza e promover a prosperidade para todos os angolanos” e lembrou a recente visita do seu vice-presidente para África, Makhtar Diop, durante a qual teve reuniões com o Presidente João Lourenço e vários membros do executivo.

Nesses encontros, explica o porta-voz do da organização, foram “discutidas oportunidades para Angola acelerar o seu desenvolvimento potenciando setores não ligados ao petróleo, nomeadamente no setor privado da agricultura e energias renováveis, e a forma como melhor usar o capital humano do país para o seu desenvolvimento a longo prazo”.

Durante a visita, o ministro das Finanças também solicitou ao Banco Mundial a realização de um estudo que identifique as ineficiências que existem em Angola sobre o desenvolvimento do setor privado, bem como a indicação de soluções para melhorar o ambiente de negócios.

“O Banco Mundial também está a apoiar Angola a melhorar o seu ambiente empresarial”, disse a organização à Lusa, indicando como resultado desse trabalho a subida do país na lista “Doing Business Report” da posição 182.ª para 175.ª dos países onde é mais fácil fazer negócios.

Neste momento, o Banco Mundial financia sete projetos no país, um investimento de 806 milhões de dólares (cerca de 688 milhões de euros), nos setores das águas, agricultura, saúde, desenvolvimento estatístico, educação, e proteção social.

No mês passado, a organização manifestou-se disponível para aumentar o seu apoio financeiro. Atualmente, a cooperação entre aquela instituição financeira mundial e Angola está focada em três eixos – assistência técnica, estudos e financiamentos de projetos.

Fonte: Lusa

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