
Emmanuel Macron recebe hoje representantes dos sindicatos, do patronato, dos autarcas e dos partidos para encontrar respostas para a contestação social em França protagonizada pelo movimento popular dos “coletes amarelos”.
Perante o “actual momento grave que a nação vive”, o Presidente francês quer “ouvir as suas vozes e propostas com a ideia de os mobilizar para acção”, disse uma fonte do Eliseu citada pela Reuters.
Após estas consultas, às 20h, Macron fala ao país, disse o Palácio do Eliseu. Vai anunciar “medidas concretas” e “imediatas” para dar resposta a esta crise, disse a ministra do Trabalho, Muriel Pénicaud, citada pelo jornal Le Monde.
A pouco e pouco, o Chefe de Estado francês parece ceder aos protestos dos “coletes amarelos”. A promessa de se dirigir hoje ao final do dia aos franceses trouxe às ruas uma trégua temporária.
O Governo francês actualizou ontem para 325 o balanço final de feridos dos protestos de sábado por todo o país. O número é superior aos cerca de 150 feridos registados na semana passada, 30 dos quais elementos das forças de autoridade.
A revolta dos “coletes amarelos” já provocou prejuízos na ordem dos mil milhões de euros na economia francesa. O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, fala num “golpe sério para as empresas e economia da nação”.
Governo francês responde no Twitter a Trump
Paris pediu ao Presidente norte-americano para não se intrometer na política doméstica francesa, depois de Donald Trump ter dado a sua opinião na rede social Twitter sobre a situação de violência que se vive em França.
“Digo a Donald Trump e o Presidente da República diz-lhe também: nós não participamos nos debates norte-americanos, deixem-nos viver a nossa vida”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian.
“Coletes Amarelos” e o risco de contágio
A manifestação dos “coletes amarelos” pode chegar a Portugal. Um evento criado na rede social Facebook está a convocar os utilizadores para um protesto agendado para o próximo dia 21 deste mês .
Até agora, cerca de nove mil pessoas já confirmaram presença no protesto em Lisboa.
Fonte: CM.