Notícias

Funcionários da PGR angolana em greve de três semanas a partir de 29 de janeiro

O sindicato dos funcionários da Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana anunciou hoje uma greve de três semanas, com início a 29 de janeiro, contestando a não aprovação dos diplomas legais sobre remunerações, reconversões e promoções.

A informação foi confirmada à agência Lusa pelo secretário-geral do Sindicato Nacional dos Técnicos de Justiça e Administrativos da PGR de Angola, Elias Pinto, acrescentando que a greve visa pressionar o Governo a decidir sobre documentos que estão prontos há quase um ano.

“O anúncio da greve deu entrada hoje na Procuradoria, mas não é para manchar o novo chefe [novo procurador-geral da República] que chegou. É para pressionar o Governo a acelerar os nossos processos. Nada anda desde abril do ano passado, não aprovam nada”, lamentou o secretário-geral do sindicato.

A greve é de âmbito nacional e envolve os 1.850 trabalhadores da PGR espalhados por todo o país, que aprovaram a realização desta nova paralisação.

“Estamos convencidos que esta greve vai ter ainda mais adesão do que a anterior. As pessoas estão cansadas, o tempo vai passando e não temos soluções”, apontou ainda Elias Pinto.

Segundo o sindicalista, as preocupações e o anúncio de nova paralisação dos funcionários da PGR – que motivaram uma greve de 15 dias em julho último -, já foram apresentadas formalmente ao novo procurador-geral de República, general Hélder Pitta Grós.

“E ele [procurador], em face disso, chamou-nos e disse que era legítimo. Lamentou apenas pelo tempo do novo Presidente [da República, empossado no final de setembro], mas dissemos que os problemas são antigos e os diplomas nunca foram aprovados”, sublinhou o sindicalista.

De acordo com o secretário-geral do sindicato dos funcionários da PGR angolana, a par da reclamação sobre a aprovação dos diplomas como “pano de fundo da greve”, os técnicos de justiça e administrativas protestam ainda pelo não pagamento dos 30% do salário para aqueles que trabalham nas polícias.

Em dezembro passado, o sindicato decidiu suspender uma greve que estava convocada, em consequência de uma reunião entretanto solicitada pela direção cessante daquele órgão.

O procurador-geral da República de Angola anterior, João Maria de Sousa, assumiu em outubro passado que é necessário o reforço do número de magistrados e funcionários do Ministério Público, bem como a atual falta de instalações para acomodação adequada dos serviços e de transportes para as diligências.

“A falta de fundos operativos de suporte às investigações e atos de instrução processual, e de meios financeiros de apoio à instituição”, observou na ocasião.

Para o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Técnicos de Justiça e Administrativos da PGR de Angola, as dificuldades apontadas pelo antigo procurador poderiam ter sido evitadas “se as verbas canalizadas ao setor fossem usadas para as atividades correntes” da instituição.

Fonte: Lusa

Deixe o seu comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Botão Voltar ao Topo

Discover more from Vivências Press News

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading