
O furto foi detectado pela equipa de vigilância da linha do Caminho-de-Ferro de Luanda, prevendo-se que ainda hoje, no período da tarde, seja reposta a circulação.
Em declarações à imprensa, o porta-voz do Caminho-de-Ferro de Luanda, Augusto Osório, disse que esta situação já se tem vindo a verificar, mas desta vez teve maior dimensão.
Segundo Augusto Osório, os furtos de parafusos de fixação têm sido publicamente denunciados e são do conhecimento da polícia local e do Comando Provincial de Luanda, bem como da administração local.
Questionado sobre qual seria o objectivo do furto deste tipo de material, o porta-voz da empresa disse que há a suspeita de que seja para comercialização, nomeadamente, para o mercado de material ferroso.
Osório frisou que os parafusos de fixação não se produzem em Angola e têm de ser importados pelo que, com as dificuldades cambiais actuais, “o prejuízo é grande”.
“Mas estamos a fazer a reposição e no período da tarde certamente teremos já os comboios a circular neste troço”, disse o porta-voz do Caminho-de-Ferro de Luanda, acrescentando que não há garantias de que o problema não volte a verificar-se, esperando que a polícia faça o seu trabalho.
De acordo com o responsável, o perigo de haver um descarrilamento é real e com danos graves, não só para a vida das pessoas, mas também da própria infra-estrutura.
Estes furtos, prosseguiu Augusto Osório, geralmente ocorrem entre a Boavista e Viana, mas já houve uma situação idêntica em Icolo e Bengo.
“Se as pessoas continuarem, e da forma como estão a fazê-lo, basicamente, ficarem impunes, corremos o risco disto continuar a alastrar ao longo da linha e haver um perigo maior de descarrilamento”, salientou.