
Anunciadas durante um pequeno-almoço alusivo ao Dia Internacional da Mulher (8 de Março), promovido pelo Ministério da Família e Promoção da Mulher, as bolsas serão oferecidas no quadro do programa de desenvolvimento das ciências e tecnologias.
No âmbito do programa, o Governo já atribuiu bolsas de estudos a pelo menos 250 jovens de todas as províncias, de forma a frequentarem cursos técnicos e contribuírem para a redução dos índices de abandono escolar e da gravidez precoce.
Segundo a ministra Carolina Cerqueira, a meta do Executivo, em relação às jovens, é atingir a qualidade do género das estudantes matriculadas, incentivando-as a inscrever-se em cursos técnicos, como engenharias, novas tecnologias e agricultura, florestas e pescas.
Segundo afirmou a ministra de Estado, as autoridades têm trabalhado para que Angola aumente a representatividade das mulheres e o valor dos seus trabalhos, a fim de mostrar ao mundo os avanços conseguidos no domínio da equidade e da igualdade de género.
Carolina Cerqueira também encorajou as mulheres a garantirem o seu lugar na sociedade e a continuarem a lutar pela defesa dos seus direitos.
Afirmou que o 8 de Março é um momento oportuno para afirmar que as mulheres angolanas não devem ser “empurradas” para lugares de destaque através de quotas, mas pela sua competência, pelo valor e pela convicção, que devem servir de alavanca à sua promoção.
No entender da governante, os direitos humanos e as liberdades fundamentais das mulheres têm de ser assegurados em condições de igualdade, em todos os domínios da vida.
Também a ministra da Família e Promoção da Mulher, Faustina Inglês, disse que, apesar de as mulheres estarem “impacientes e à espera de mudanças mais radicais”, já se notam mudanças positivas em relação às suas conquistas em Angola.
A redução da taxa de mortalidade materna, a aprovação da Lei Contra a Violência Doméstica, o aumento da escolaridade das mulheres e o aumento da consciência da necessidade de haver mais mulheres nos órgãos de decisão são algumas delas.
Apesar dos avanços, afirmou haver ainda desigualdades económicas entre homens e mulheres, sublinhando que elas consagram mais tempo e energia em tarefas domésticas.
Daí resulta um desequilíbrio de possibilidades em matérias de educação, acesso ao mercado de trabalho e aos lugares de tomada de decisão
Já a primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço, disse que, apesar dos sacrifícios, a mulher em Angola tem atingido grandes patamares, a todos os níveis.
Para Ana Dias Lourenço, as mulheres têm sabido subir todos os degraus, com sacrifício e muito trabalho, estando já a atingir os níveis desejados.
Creio que, com força e unidas, vamos chegar longe
O pequeno-almoço juntou várias entidades, entre governantes, políticas e académicas, que reflectiram sobre os desafios da mulher, no Dia Internacional da Mulher.
Com Angop