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Governo cabo-verdiano estuda alargamento de impostos

As medidas constam do documento do FMI sobre os compromissos assumidos pelo Governo, no âmbito do Instrumento de Coordenação de Políticas para Cabo Verde, acordado em Julho e que durante 18 meses vai fornecer ajuda para a continuação das reformas estruturais no país.

Em concreto, o compromisso do Governo liderado por Ulisses Correia e Silva com o FMI, documento consultado hoje pela Lusa, prevê a introdução da factura electrónica até Junho de 2020 e a apresentação, até Dezembro deste ano, de uma agenda de reforma da política fiscal e de um plano de acção para combater a fuga aos impostos.

Durante o segundo semestre de 2019 está igualmente previsto um plano para monitorizar a cobrança do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e a intenção de “expandir” o sistema fiscal, para “incluir outros impostos além do IVA e da retenção de renda na fonte”.

O mesmo documento, em que o FMI cita os compromissos do Governo no âmbito deste programa de apoio, refere que a arrecadação de receita fiscal cabo-verdiana deverá crescer 20,5% em 2019, face a 2018, para 62,7 mil milhões de escudos (566 milhões de euros), equivalente a 31,7% do Produto Interno Bruto do pais ( contra um peso de 28, 1% no ano anterior ).

Este aumento, explica o Governo no relatório do FMI, “reflecte o impacto da expectativa de forte crescimento económico continuado”, a rondar os 6% em 2019 e as perspectivas com a arrecadação de IVA.

É também explicado face aos “esforços para arrecadar impostos” com “ganhos de eficiência administrativa” e através do “reforço de inspecção, aumento de recursos tecnológicos, humanos e materiais, ou a criação de um sistema de alerta para os contribuintes”.

É justificado ainda com as mexidas nas novas taxas portuárias, aeroportuárias, do fundo de inovação e com o aumento no imposto de renda aplicada a bancos “offshore”, que passará de 2,5% para 10%, bem como através da venda de activos não financeiros.

Fonte: Lusa

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