Greve no Tribunal Supremo “nas mãos” de comissão negocial

Depois de terem cumprido os primeiros cinco dias úteis de greve, de 3 a 7 de Julho, os funcionários do Tribunal Supremo estão dispostos a avançar para uma nova paralisação, de 17 a 21 de Julho, desfecho que a instituição quer evitar com a intervenção de uma comissão negocial.
Segundo a delegada da greve, Miriam da Glória Alexandre, em declarações à agência Lusa, a entrada em campo dos negociadores já permitiu efectivar a resolução 1/16 de 01 de Junho, que equipara o salário do Supremo aos Tribunais Superiores do país, até ao primeiro trimestre de 2018.
“Porque há uma negociação a decorrer entre o Tribunal e o Ministério das Finanças para ver se ainda se efectiva a resolução no próximo ano”, clarificou a responsável.
Apesar do avanço, Glória Alexandre garante que “está tudo ainda em aberto”, porque a reposição dos direitos de saúde e alimentação dos trabalhadores continua por resolver.
“Ou mantém-se a alimentação da saúde ou retomamos para a segunda fase da greve no dia 17 de Julho ” , reforça a delegada, lamentando que esses direitos tenham sido subtraídos sem qualquer explicação e “sem que no orçamento do Tribunal Supremo houvesse qualquer redução”.
De acordo com a responsável, os trabalhadores já rejeitaram uma proposta para prescindir de um dos benefícios: optando ou pela alimentação, ou pelo cartão de saúde.
Para além destas exigências, os funcionários do Tribunal Supremo reclamam progressão nas carreiras e formação.
Fonte: Lusa