Grupo francês produz cereais em Angola para produção de cerveja

O grupo francês Castel, detentor da fábrica e da marca Nocal, investiu 50 milhões de dólares na produção de cereais num terreno de 3000 hectares na província de Malanje, a fim de reduzir a dependência da importação de matérias-primas, disse o director-geral da Nova Empresa de Cerveja de Angola (Nocal).
Gilles Leclerc afirmou que a plantação de cereais começou no princípio do ano em cerca de 80% dos 3000 hectares e recordou que a importação de matérias-primas constitui uma dificuldade partilhada por toda a indústria de produção de bebidas do país.
No caso da Nocal, a fábrica, com uma produção mensal de cerca de 10 milhões de litros de cerveja, depende da importação de malte e lúpulo, bem como das peças necessárias para proceder à manutenção das linhas de produção e de enchimento.
O director-geral adiantou ser possível obter em Angola praticamente todas as matérias-primas para a comercialização de cerveja, uma vez que o grupo produz localmente o vidro, latas, rótulos, grades e caricas e compra o arroz e o açúcar, residindo a dependência da importação nos cereais.
Gilles Leclerc disse ainda que, não obstante as dificuldades, pretende aumentar a produção até ao princípio do primeiro trimestre de 2018, passando dos actuais 10 milhões para 11 milhões de litros.
A Nova Empresa de Cerveja de Angola tem como accionistas a Brasseries Internationales Holding Limited (BIH) e a União de Cervejas e Bebidas de Angola (Ucerba), controlada pelo grupo Gema, ambas com 50%.