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Há acções de guerrilha em Cabinda, mas está garantida a “paz efectiva” na província

O ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, general Pedro Sebastião, admitiu esta semana que a província de Cabinda é palco, “de vez em quando”, de acções de guerrilha, mas recusou a existência de uma situação de instabilidade, fazendo questão de garantir que aquele território vive uma “paz efectiva”.

Pedro Sebastião em resposta a uma questão sobre um alegado reconhecimento tácito pela ONU da existência de um grupo de guerrilha em Cabinda, que resultou de as Nações Unidas terem colocado Cabinda como território de um dos 16 grupos de guerrilha que aceitaram reduzir a sua acção para permitir um melhor combate à Covid-19, como foi noticiado pela ABC News.

Pedro Sebastião acabou por admitir, como não sucedia há muito tempo da parte de um membro do Executivo de Luanda, que “de vez em quando, aqui e acolá, podem surgir grupos que possam fazer uma ou outra acção” em Cabinda devido à porosidade das fronteiras.

“De vez em quando, aqui e acolá, podem surgir grupos que possam fazer uma ou outra acção não como acção organizada”, afirmou, acrescentando que a guerrilha tem a particularidade de tão depressa estar em sossego como a criar instabilidade.

“As notícias de Cabinda nas redes sociais não correspondem à verdade, há naquele território uma paz efectiva”, garantiu o general Pedro Sebastião.

O ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, explicou que, “tal como em Lunda há grupos de marginais, também é possível que em Cabinda, com as fronteiras porosas que temos, possam surgir aqui e acolá situações de violência, mas daí a considerar que existe uma situação de instabilidade, vai uma grande distância”.

Recentemente, as denominadas forças armadas da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) anunciaram num “comunicado de guerra” a morte de pelo menos cinco pessoas, incluindo soldados das Forças Armadas Angolanas.

Este grupo tem divulgado múltiplos comunicados anunciando repetidas acções de guerrilha que, sublinhe-se, o Governo de Luanda e as chefias militares ou não reagem ou refutam.

Raul Danda, deputado da UNITA e primeiro-ministro do Governo sombra do partido, considerou igualmente há pouco tempo que é “verdadeira insanidade” o Governo angolano negar a existência de um conflito armado em Cabinda.

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