
Os especialistas conseguiram ligar os motores do satélite AngoSat-1 que está à deriva em órbita desde dezembro. Isso dá esperança quanto à sua recuperação, revelou à Sputnik uma fonte na indústria espacial.
Praticamente desde seu lançamento em 27 de dezembro o satélite permanece à deriva em órbita, em regime não controlado. Agora o satélite está fora do alcance da estação de controle na Rússia e em Angola. Entrará na zona de alcance no início de abril.
“Na primeira metade de março foi realizado o teste de ligação do sistema de propulsão do engenho espacial Angosat-1, o que permite esperar a recuperação do seu funcionamento”, disse o interlocutor da agência.
A corporação russa RKK Energia (Corporação Korolev de Foguetes e Espaço Energia), que liderou construção do satélite, ainda não comentou a informação.
Técnicos angolanos e russos reúnem-se em abril para abordar utlização do Angosat-1
Equipas técnicas de Angola e da Rússia vão reunir-se, em abril, em Luanda, para definirem os procedimentos de utilização do satélite angolano, Angosat-1, lançado em órbita em dezembro de 2017, anunciou hoje o Governo angolano.
Segundo o secretário de Estado angolano das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Manuel Homem, o Angosat-1 está em órbita e decorrem trabalhos de verificação, que estão a ser executados.
“Está marcada agora a reunião, para o mês de abril, das equipas técnicas aqui em Luanda, onde iremos informar, claramente, os procedimentos e os modos de utilização dessa infraestrutura”, disse o governante.
O projeto representa um investimento de 320 milhões de dólares do Estado angolano (269,6 milhões de euros).
No início deste mês, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, garantiu na sua visita a Luanda que o satélite angolano, produzido e lançado pelos russos, vai entrar ao serviço, em abril, como previsto.
Um dia após o lançamento em órbita do satélite angolano, a 26 de dezembro de 2017, surgiram notícias sobre problemas com a infraestrutura, nomeadamente a perda de comunicação e o seu desaparecimento, informação desmentida pelas autoridades angolanas e russas.
Construído por um consórcio estatal russo, o Angosat-1 foi lançado em órbita, no Cazaquistão, com recurso ao foguetão ucraniano Zenit-3SLB, envolvendo a Roscosmos, empresa espacial estatal da Rússia.
Fonte: Angola24