
Um responsável do Fórum de Macau indicado por Pequim afirmou hoje que as relações entre China e países lusófonos vivem um período de incerteza devido à crise provocada pela covid-19, após um ano histórico de cooperação económica e comercial.
A resolução desta incerteza terá de passar por “incentivar e promover intercâmbios e cooperação entre a China e os países de língua portuguesa durante o período epidémico e o período pós-epidémico”, afirmou Ding Tian, secretário-geral adjunto do Secretariado Permanente do Fórum de Macau, durante o Lançamento do Relatório de Evolução da Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (2018 – 2019), publicado pela primeira vez em versão bilingue (chinês e português).
O responsável espera por isso que “especialistas e estudiosos façam activamente sugestões e propostas para este tema”.
Na mesma ocasião, o director do Instituto de Estudos Sociais e Culturais da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, Lin Guangzhi, considerou que o Fórum de Macau terá de “fortalecer a cooperação com os países de língua portuguesa para que estes se possam tornar uma parte importante da participação da China no mundo”.
“Actualmente, a situação epidémica do novo coronavírus ainda está a acontecer em todo o mundo, e a estrutura política e económica do mundo pode ser reconstruída”, considerou.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum de Macau.
No relatório hoje apresentado, segundo o comunicado, “a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa alcançou um rápido crescimento” tendo alcançado em 2019 um resultado histórico: o valor total das importações e exportações de ambas as partes foi de 149,639 mil milhões de dólares [cerca de 131 mil milhões de euros], um valor idêntico ao divulgado pelos Serviços de Alfândega chineses em finais de Fevereiro.
Fonte: Interlusófona