
Duas bases iraquianas onde estão posicionadas forças norte-americanas ( a de al-Asad, a noroeste de Bagdad, e outra em Erbil, no Curdistão iraquiano), foram atingidas por “mais de uma dezena de mísseis balísticos” disparados a partir do Irão, esta madrugada de quarta-feira (ainda terça-feira em Luanda), confirmou o Pentágono.
Será o início da retaliação iraniana à morte do general Qassem Soleimani, com a televisão estatal Press TV a noticiar que a Guarda Revolucionária reivindicou o ataque e que advertiu os Estados Unidos e os seus aliados na região para não reagiram a esta acção militar.
“Advertimos todos os aliados dos americanos, que disponibilizaram as suas bases a este exército terrorista, que será atacado qualquer território que constitua um ponto de partida de actos agressivos contra o Irão”, referiu a Guarda Revolucionária num comunicado divulgado pela agência oficial iraniana IRNA, e que também visa Israel.
Segundo a Reuters, ainda não é claro se a ofensiva desta noite causou vítimas. “Estamos a trabalhar no balanço inicial dos danos de batalha. Tomaremos todas as medidas necessárias para proteger e defender os militares norte-americanos e os seus parceiros e aliados na região”, afirma fonte oficial do Pentágono.
A Casa Branca afirma que o Presidente Donald Trump está a acompanhar a situação e em consulta com os seus conselheiros de segurança. O chefe de Estado não falou de noite, ao contrário do que chegou a ser avançado.
O ataque desta madrugada acontece dias depois do assassínio do general iraniano, morto na sexta-feira num ataque aéreo ordenado por Trump em Bagdad. No seguimento da morte de Qassem Soleimani, o Irão tinha já prometido retaliar.
A base de al-Asad, atacada esta noite, tinha sido visitada de surpresa por Donald Trump no final de 2018.
Fonte: PÚBLICO.