João Lourenço alerta para “inúmeros obstáculos no caminho” da governação

“Sei que existem inúmeros obstáculos no caminho que pretendemos percorrer, mas temos de reagir e mobilizar todas as energias para que esse cumprimento se efective nos prazos definidos”, apontou.Retomou o apelo à “honestidade e competência” dos “melhores quadros” do país no processo de desenvolvimento nacional, mas apenas os têm a “vontade” de “bem servir o país”.”Precisamos ao mesmo tempo de neutralizar ou reduzir a influência nefasta dos que apenas se preocupam em se servir a si mesmos, descurando a necessidade da defesa do bem comum”, alertou João Lourenço.Na intervenção deste sábado, a propósito do 42.º aniversário da proclamação da independência de Angola, e com o país mergulhado numa profunda crise financeira, económica e cambial, devido à prolongada baixa da cotação do petróleo, o Presidente angolano destacou que a “grande batalha” é agora a do desenvolvimento da economia e da “melhor distribuição da renda nacional”.
“Que será igualmente árdua e merecerá por isso muita inteligência, dedicação ao estudo e ao trabalho, disciplina, mas sobretudo coragem para se tomarem as medidas de reformas que se impõe. É imprescindível pensarmos em abrir e diversificar a nossa economia, e sem abdicar de mantermos o petróleo num lugar importante que lhe cabe, exploramos ao máximo os enormes e variados recursos naturais de que o país dispõe”, disse.A 26 de Setembro, no seu discurso de investidura, pouco depois de receber o poder de José Eduardo dos Santos, chefe de Estado desde 1979, João Lourenço prometeu que o combate ao crime económico e à corrupção será uma “importante frente de luta” e a “ter seriamente em conta” no mandato de cinco anos que agora inicia.
“Agradeço terem correspondido aos apelos por mim feitos, durante a campanha eleitoral, dando-me com grande maioria o direito e o dever de conduzir os destinos da nação angolana durante os próximos cinco anos, em conformidade com o programa de Governo 2017/2022, previamente anunciado pelo partido vencedor das eleições”.”Tive a ocasião de referir que juntos construiremos um futuro melhor para Angola. Para tal, conto com o apoio de todos, sem exclusão de ninguém e sem distinções de origem, género, etnia, credo religioso ou filiação partidária”, enfatizou.