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João Lourenço alerta para preparação de acções de desestabilização do país com dinheiro “desviado do Estado”

No arranque do congresso da JMPLA, João Lourenço disse que o combate à corrupção foi uma das suas prioridades e garantiu que assim continua.

Numa clara alusão a alegados financiadores de uma manifestação/protesto com falta ao trabalho, que tem sido anunciada para sexta-feira, 11 de Outubro, profusamente promovida nas redes sociais, o Presidente João Lourenço advertiu que estão a utilizar o dinheiro desviado do Estado para “desestabilizar Angola”.

“Não são estrangeiros que querem desestabilizar o nosso país, são angolanos, aparentemente do MPLA e digo aparentemente porque não se comportam como tal, com o descaramento de falarem em nome do povo angolano”, disse.

João Lourenço deixou ainda algumas perguntas no ar : “ Quando eles desviaram o dinheiro do nosso País, repartiram com o povo ? Repartiram com os jovens? E então como é que agora estão a falar em defesa do povo e dos jovens?”.

E, dirigindo-se, ainda aos jovens da JMPLA, pediu-lhes apoio para continuar o seu combate à corrupção.

Na sua intervenção, após ter declarado aberto o Congresso, João Lourenço lembrou que “o partido chegou à conclusão que o nosso país estava empestado por uma grande doença que era necessário curar”, referindo-se à corrupção.

“Houve a promessa e oportunidades distintas, de se iniciar com essa cruzada”, disse, admitindo que faltou o passo decisivo no combate à corrupção.

Lembrou que foi declarada “tolerância zero à corrupção” mas, continuou, o que se verificou “foi que essa tolerância zero não surgiu”.

“Deram-nos essa incumbência e nós, como não gostamos de fingir que fizemos as coisas, não gostamos de enganar o eleitorado, não gostamos porque consideramos errado, injusto utilizar os eleitores só para votarem em nós, vamos cumprir essa incumbência”, sublinhou

“Nós estamos a procurar cumprir com essa incumbência”, reafirmou, dizendo de seguida que “a luta está aí, para quem quer ver, como é evidente, a natureza é assim, onde há acção há reacção”, apontando para aquilo que chama o financiamento de protestos com “dinheiro desviado do Estado”.

Deixando claro que não foi apanhado de surpresa: “Nós esperávamos essa reacção, naturalmente, e a reacção está aí”.

“Os mesmos que estavam embrulhados na corrupção, os mesmos que desviaram os recursos do país, para fora fora do país, apenas para eles, são os que estão a utilizar esses mesmos recursos para financiarem a campanha de desestabilização”.

“Eu levanto essa questão aqui porque são os jovens que estão a ser pagos para fazer esta campanha. Esses jovens são exemplares? Nós pensamos que não . E penso que estão a fazer esta campanha por 100 euros, nem isso, porque aqueles avarentos não lhes vão pagar muito mais”, afirmou.

“Eu queria sair desta sala com uma posição muito clara dos jovens. Vamos continuar com esta luta ? Vamos continuar com firmeza, sem hesitação? , perguntou .

A resposta chegou em coro, efusiva.

“Então parece que saio daqui com o mandato da juventude para continuar a luta contra a corrupção. Vamos cumprir a vossa ordem”, afirmou, já ao som de “Lourenço, amigo, os jovens estão contigo”.

“Nós vamos continuar porque reconhecemos que os índices de desemprego são altos e precisamos de trabalhar para dar emprego a todos os angolanos, e à juventude em particular. Mas só há emprego se houver investimento e para isso é preciso combater a corrupção, pois os investidores já não aceitam investir se por detrás do pano tiverem de dar 10 ou 20% ao funcionário do balcão”, reforçou o chefe de Estado.

E, mesmo antes de deixar o palco do VIII congresso ordinário em que a JMPLA vai debater o futuro da organização, nomeadamente os candidatos ao cargo de primeiro secretário nacional do organismo juvenil do partido no poder, João Lourenço rematou o discurso: “Saímos daqui mais reconfortados, mais convencidos de que a vitória é certa. Também a vitória contra a corrupção é certa”.

Fonte: Novo Jornal Online.

One Comment

  1. A população angolana não deve deixar-se influencia por atitudes de certos indivíduo, que tem o objectivo de criarem confusão no seio da sociedade angolano….

    Apesar que estamos vivendo situações difíceis com a súbita sabida dos preços quer seja no mercado informal como no formal, isto não da o motivo de criar-se greve no país e criticando a governação do PR João Lourenço porque ele esta apenas a dois de mandato que pouco tempo. E é bem sabido que governar não tipo comer uma banana.

    O PR João Lourenço já fui claro em dizer numa entrevista feita pela TPA quando completava dois anos da sua governação: O que não se fez em 42 anos, não se fará em 2 anos!

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