
O Presidente da República, João Lourenço, defendeu nesta terça-feira, em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos (EAU), a “abolição do analfabetismo”, bem como maior aposta na electrificação e industrialização do continente africano.
Segundo o Chefe de Estado angolano, a industrialização do continente vai evitar a contínua perda de mão-de-obra qualificada, quadros superiores, cientistas e investigadores.
Em discurso na Cimeira sobre Futuro Sustentável, João Lourenço afirmou que a aposta irá impedir que as obras de artes e outras riquezas continuem a sair do continente em condições desfavoráveis e sem criar, nos países de origem, valor acrescentado e postos de trabalho.
Na cimeira, enquadrada na semana de sustentabilidade de Abu Dhabi, o estadista disse que, paradoxalmente, África, apesar de ser a maior reserva de recursos naturais do mundo, tem menos capacidade de satisfazer as necessidades básicas das populações.
João Lourenço considerou fundamental atrair para África conhecimento, avanços da ciência, tecnologia, capital e investimento privado, para transformar localmente as matérias-primas.
Com isso, o Chefe de Estado espera que se criem mais riqueza, bem-estar, emprego e oportunidades de crescimento.
É nessa esteira que o Presidente angolano declarou que vê o futuro de África com optimismo e entende que o sonho de desenvolver o continente é realizável.
A esse respeito, fez referência à experiência de outros continentes como a Ásia, que em meio século, passou de importador para exportador, competindo com os países do Primeiro Mundo.
Apontou também o exemplo dos Emirados Árabes Unidos e outros países do Golfo Pérsico, de como a boa utilização das receitas do petróleo pode ajudar na diversificação das economias.
O estadista angolano defendeu, para África, um desenvolvimento sustentável que respeite e preserve a natureza, em benefício do futuro da humanidade, privilegiando a utilização das fontes limpas e renováveis de energia.
Fonte: Angop