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João Lourenço é a Figura Internacional 2018 do Jornal de Negócios

Este foi o ano da afirmação plena de João Lourenço. O Presidente angolano manteve o rumo da sua governação, atacando os interesses instalados e, em Agosto deste ano, concluiu-se o processo de transferência do poder político, ao ser eleito presidente do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), em substituição de José Eduardo dos Santos.

Na luta contra a corrupção, que passou das palavras aos actos, ninguém escapa, nem mesmo aqueles que eram tidos como intocáveis. Uma prova disso mesmo foi a prisão preventiva de José Filomeno dos Santos, ex-presidente do Fundo Soberano de Angola e filho de José Eduardo dos Santos, suspeito dos crimes de associação criminosa, falsificação, tráfico de influências, burla, peculato e branqueamento de capitais.

O chefe de Estado angolano mantém ainda uma batalha que visa o repatriamento de capitais ilícitos e também aqui já terá obtido resultados. Embora não exista confirmação oficial, é dado como certo que algumas figuras da antiga nomenclatura já terão encaminhado para Angola dinheiro depositado noutras paragens.

João Lourenço iniciou também um processo fundamental para a transformação da economia do país, materializado na reestruturação da Sonangol e na alienação de 52 empresas do universo desta “holding” estatal e também na criação da Agência Nacional de Petróleos e Gás. Em paralelo, o Governo angolano pediu ajuda ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e a visita de Christine Lagarde ao país , entre 20 e 22 de Dezembro, é mais um sinal evidente de que a comunidade internacional acredita no processo de mudança iniciado pelo chefe de Estado angolano.

A nível bilateral, a reaproximação diplomática entre os Governos de Portugal e de Angola abre também uma nova janela de oportunidades para os empresários portugueses.

Neste ano de 2018, João Lourenço consolidou a ideia de que as mudanças em Angola são irreversíveis, sobretudo as que se relacionam com a boa gestão do erário público e com a implementação de critérios de transparência no relacionamento entre o Estado e os privados, combatendo de forma assertiva a corrupção.

Quando, em Novembro, recebeu no Palácio da Cidade Alta representantes de organizações não-governamentais, entre eles Luaty Beirão e Rafael Marques, “personas non gratas” do anterior Governo, João Lourenço deu um sinal claro de que conta (e precisa) da sociedade civil para manter o seu ímpeto reformista.

João Lourenço liderada uma lista de Figuras Internacionais 2018 do Jornal de Negócios, da qual fazem parte nomes como Donald Trump (Presidente dos EUA), Theresa May (primeira-ministra britânica), Xi Jinping (Presidente da China), Emmanuel Macron (Presidente de França), Angela Merkel (Chanceler alemã), Mohammed Bin Salman (Príncipe herdeiro da Arábia Saudita), Jeff Bezos ( fundador e presidente executivo da Amazon. Homem mais rico dos EUA), Jack Ma (dono do Alibaba e homem mais rico da China) , Isabel dos Santos entre outros.

“Faz-me crer que este processo de transformação política de Angola vai ser irreversível”.

Falando em exclusivo para a Vivências Press News, Celso Filipe, director-adjunto do Jornal de Negócios destaca as medidas tomadas por João Lourenço durante o primeiro ano de governação.

“Quando ele tomou posse existia e existe ainda, no sentido de que um líder para se afirmar e mostrar que tem poder tem de o exercer e, o Presidente João Lourenço fez isso, mas fê-lo numa dose em que eu pessoalmente não esperava tanto em tão pouco tempo. Neste sentido, de facto é surpreendente, por tudo o que fez no ano passado e o que está a fazer este ano . Não é só pelos discursos, mas também pelas medidas e acções pelas quais tem dado a cara. Faz-me crer que este processo de transformação política de Angola vai ser irreversível”, afirmou Celso Filipe.

O jornalista português fala da expectativa em torno da governação de João Lourenço e da situação económica de Angola.

“Poderia haver dúvidas, mas agora parece-me que todos estão à espera que ele [João Lourenço] concretize ainda mais mudanças e neste sentido.Alguém que foi capaz de fazer tanto em tão pouco tempo merece elogios, sabendo que herdou uma situação económica difícil e que vai continuar a ser difícil no próximo ano”, concluiu.

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