
A moeda nacional continua a manter a tendência de estabilidade face à europeia e à norte-americana, apreciando-se esta sexta-feira ligeiramente face ao euro e ao dólar, segundo dados do Banco Nacional de Angola (BNA).
Segundo o BNA, a moeda europeia cotou-se esta sexta-feira nos 352,670 kwanzas/euro, face aos 354,013 kwanzas/euro de segunda-feira, e 310,094 kwanzas/euro em relação aos 310,947 kwanzas/dólar registado há dois dias. Em relação à moeda europeia, e depois de há quase três semanas ter atingido mínimos históricos (355,057 kwanzas/euro), a angolana oscilou desde então entre os 350 e os 353 kwanzas/euro.
Desde Janeiro deste ano, quando valia 185,40 kwanzas/euro, a moeda angolana, porém, já se depreciou 47,429%. Idêntico cenário passou-se com a moeda norte-americana que há duas semanas se mantém relativamente estável, embora desde Janeiro, quando se situava nos 165,92 kwanzas/dólar, a moeda angolana depreciou-se 46,493.
No mercado paralelo, a moeda europeia, depois de um pico em que atingiu na semana passada valores superiores a 470 kwanzas/euro, tem-se mantido estável desde então entre os 440 e 460 kwanzas, com a norte-americana a situar-se entre os 390 e 410 kwanzas.
Acabadas as sessões de venda trissemanais de divisas em leilão aos bancos comerciais, iniciadas a 9 de Janeiro último, o BNA está desde 01 de Novembro a proceder a operações diárias, tendo indicado esta sexta-feira que, em Dezembro, pretende colocar no mercado primário 1.200 milhões de dólares (1.054 milhões de euros).
A 02 deste mês, em declarações à agência Lusa, o administrador do BNA, Pedro Castro e Silva, garantiu que a pressão sobre as divisas em Angola “terminou”, após as medidas que geraram uma maior previsibilidade no mercado cambial e uma melhor comunicação com os bancos comerciais.
O facto de, desde Janeiro, o kwanza ter-se depreciado significativamente ao longo do ano estava previsto no âmbito do Programa de Estabilidade Macroeconómica (PEM), que passou por uma maior liberalização da taxa de câmbio. “Esta tarefa está cumprida e já não temos mais nenhum ajustamento a fazer”, sublinhou Castro e Silva, para justificar a relativa estabilidade da moeda nacional nas últimas semanas.
Fonte: Lusa.