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Lisboa: Igreja contra sexo fora do primeiro casamento

A Igreja Católica não aceita que as pessoas tenham relações sexuais fora do primeiro casamento. Tudo o que foi escrito acerca de um suposto acesso mais fácil dos divorciados recasados aos sacramentos não altera uma vírgula ao essencial: a Igreja continua a considerar o matrimónio indissolúvel e não aceita a existência de relações sexuais fora do casamento, antes ou depois.

No documento de aplicação na diocese de Lisboa das determinações da exortação apostólica “Amoris Laetitia “, o patriarca, D. Manuel Clemente, foi buscar o essencial da doutrina da Igreja acerca da integração dos divorciados recasados, e citou, entre outros documentos, uma carta que os bispos argentinos escreveram ao Papa Francisco em setembro de 2016 e a exortação apostólica “Familiaris consortio “, exarada por João Paulo II em 1981.

Em ambos os casos se fala na proposta aos casais recasados, que não tenham conseguido a nulidade do matrimónio, pelo “empenho de viver em continência sexual”. João Paulo II até usou a imagem de casais a “viverem como dois irmãos”. “Não foi o patriarca que aconselhou a abstinência sexual aos católicos recasados. Apenas pegou nos vários documentos da Igreja e os aplicou na diocese”, disse o director de Comunicação do Patriarcado, Nuno Rosário Fernandes.

Depois de Braga, foi a vez da diocese de Lisboa divulgar um documento que ajude a aplicar as normas da “Amoris Laetitia “. Nesta exortação, o Papa abre, aos divorciados recasados, uma porta de acesso aos sacramentos, lembrando que “todo o cristão tem direito ao perdão “.

No entanto, nada é alterado no essencial da doutrina da Igreja, que continua a não admitir a existência de relações sexuais fora do casamento. O patriarca de Lisboa não tenciona alterar o documento publicado.

Fonte : CM.

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