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Livro sobre Jonas Savimbi estreia- se em França

Os filhos de Jonas Savimbi apresentam hoje, em França, um livro sobre o lado mais ” íntimo e familiar” do líder histórico da UNITA para assinalar os 15 anos da sua morte em combate.

O livro, intitulado ” Jonas Savimbi, le leader de la résistance angolaise raconté à ses petits – enfants” ( Jonas Savimbi, o líder da resistência angolana contado aos seus netos), foi publicado pela editora L’Harmattan e foi escrito por Cheya, Aleluiah e Helena Sakaita Savimbi, filhos do fundador da UNITA.

” Nós queríamos trazer uma coisa de novo no nosso livro porque eu acho que é a primeira vez que nós falamos de Jonas Savimbi no quadro puramente íntimo, familiar. Isto é uma coisa que eu acho que é nova. Ninguém foi a esta intimidade. Nós somos os filhos, conhecemos bem o nosso pai, tivemos conversas”, disse à Lusa, Cheya Sakaita Savimbi, em Paris, destacando que a obra ” é muito importante para a história e para um melhor conhecimento do homem”.

O filho de Jonas Savimbi acrescentou que a obra conta com uma genealogia da família inédita, sublinhando que o objectivo era publicar no 15º aniversário da sua morte, enquanto Helena Sakaita Savimbi precisou que escreveram a biografia também a pensar nos próprios ” sobrinhos e filhos” que fazem perguntas sobre o avô no livro.

” Já se falou muitas coisas sobre ele como homem político, diplomático, como fundador da UNITA, militar. Houve umas meias-verdades, mas nós queremos mostrar o percurso dele como filho, irmão e como pai. É por isso que nós escrevemos este livro, para mostrar uma outra faceta de quem ele era”, afirmou Helena Sakaita Savimbi.

O livro, de 145 páginas , está dividido em quatro partes, intituladas “Jonas Savimbi, um africano inscrito na História “, “Africanidade e modernidade”, “No quotidiano de um chefe” e “Empenhado até ao fim”.

” Na primeira parte quisemos ir às origens de Jonas Savimbi, o quadro familiar, para explicar como é que ele se tornou o que se tornou. Depois, notamos que os valores africanos para Jonas Savimbi eram muito importantes. Daí falarmos da africanidade e modernidade, o que nos permitiu ir ao seu quotidiano” , descreveu Cheya Savimbi, acrescentando que a última parte mostra que ele era ” uma pessoa que gostou sempre de ir até ao fim dos seus projectos” .

Através do livro pode-se descobrir que Jonas Savimbi ” era uma pessoa que gostava muito de futebol ” , particularmente do Benfica e da Selecção do Brasil, que quando ria eram ” gargalhadas que se ouviam a não sei quantos metros” e que era ” um pai carinhoso, bondoso e rigoroso”, sobretudo, em relação à educação dos filhos .

” Na educação, era um homem muito rigoroso mas também foi um homem que era pleno de amor. Isto tem que se dizer. Muito pleno de amor. Naquele rigor de um pai e num pai que era também chefe, onde a pessoa talvez veria uma pessoa muito fria, havia alguns traços de amor”, recordou o filho de 44 anos, que viveu 19 anos em França e que regressou recentemente a Angola.

A obra tem prefácio de Paulo Lukamba” Gato”, deputado da UNITA, e Anne-Marie Goussard, presidente da delegação francesa da Internacional Society for Human Rights e presidente da associação Solidarité- Angola, assim como um posfácio de Jacques Godfrain, antigo ministro francês da Cooperação .

” Jonas Savimbi, le leader de la résistance angolaise raconté à ses petits-enfants” é apresentado hoje à imprensa em Paris e este sábado é apresentado à comunidade angolana da capital francesa. Este Verão será apresentado em Portugal e depois em Angola. Helena e Cheya disseram, ainda que serão desenvolvidos ” projectos de ordem humanitária e cultural” em França, através da Associação dos Amigos de Jonas Savimbi.

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