Comunidades

Londres: Sem-abrigo português com ascendência angolana morreu em Westminster

A Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas revelou que o sem-abrigo português que morreu em Westminster, Londres, tinha um histórico de problemas com as autoridades do Reino Unido. M, 35 anos, foi deportado duas vezes.

“Em 2014 foi deportado para Portugal pelas autoridades britânicas. Nesse regresso, foi apoiado através da colaboração entre a Direcção- Geral de Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas e a Segurança Social. Em 2016, temos conhecimento de que o cidadão voltou a ser deportado do Reino Unido, por se encontrar ilegalmente no país, sem que tivesse sido formulado qualquer pedido de apoio aos serviços consulares”, confirma fonte do Gabinete do Secretário de Estado da Comunidades Portuguesas.

Há dois anos que as autoridades portuguesas não sabiam do paradeiro de M. Os Serviços Consulares estão ainda a tentar contactar a família. “Não é conhecida a existência de familiares directos deste cidadão em Portugal, sabendo-se que poderão residir noutros países, nomeadamente em Angola, onde o cidadão tinha raizes familiares”, acrescenta .

O português foi encontrado na quarta-feira junto à saída do metro perto do Parlamento britânico. Eram 7h16 quando os serviços de emergência foram alertados para um homem que estava caído e sem respirar na saída 3 da estação de metro de Westminster. “Enviámos o nosso chefe de equipa, paramédicos e duas ambulâncias. Infelizmente, e apesar dos esforços para o reanimar, morreu no local”, disse o porta-voz da London Ambulance Service.

O português já tinha trabalhado como modelo e aspirava trabalhar na área do entretenimento mas vivia em abrigos no centro de Londres. Com experiência no ramo da hotelaria, há uma semana tinha preenchido uma candidatura para empregado de mesa. Testemunhas citadas pela imprensa britânica descrevem-no como sendo uma pessoa desequilibrada, com problemas mentais e de alcoolismo.

Em comunicado enviado ao Expresso, a The Connection at St. Martin-in-the-Fields, centro que acolheu M. nos últimos meses, refere que embora o português estivesse em “circunstâncias complexas “, gostava de cantar e participava “com frequência ” nas aulas de ioga.

Marcelo Rebelo de Sousa já considerou esta morte “desumana”. Numa declaração aos jornalistas, o Presidente da República disse que já enviou uma mensagem a Corbyn a agradecer o seu gesto.

Fonte: Expresso.

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