
O Ministério da Construção e Obras Públicas angolano anunciou, esta quarta-feira, que nos últimos dois anos o Governo reabilitou mais de 1500 quilómetros de estradas, 28 pontes rodoviárias, construiu dois viadutos e ainda 880 casas sociais.
Segundo o ministro do setor, Manuel Tavares de Almeida, as ações, que decorreram «apesar da trajetória desfavorável» da economia do país, «contribuem para o desenvolvimento de outros setores da vida nacional, como empresas e a vida das famílias».
Segundo o governante, «o trajeto de retoma do crescimento económico do país tem sido e será muito espinhoso, com muitos interesses de pessoas ou grupos em jogo permanentemente cujas regras da decência não são muitas vezes respeitadas».
«Esse ambiente requer de nós a necessária inteligência e até vigilância para não perdermos o foco dos nossos objetivos e tão pouco desanimar», afirmou, esta quarta-feira, na abertura do segundo conselho consultivo do órgão que dirige.
Manuel Tavares de Almeida deu conta igualmente que no decurso dos últimos dois anos o setor concebeu o Plano de Portagens e Pesagem de veículos visando controlar o excesso de carga e lançou o ‘Programa de Salvação de Estradas’.
Um concurso público que apurou 27 empresas de empreitada e o mesmo número de empresas de fiscalização destinados a recuperar as estradas em degradação no país foi realizado durante este ano.
O governante referiu também que o ‘Plano Rodoviário Nacional e o Estatuto das Estradas de Angola’ serão revistos com o propósito de identificar e definir a rede viária que estará sob responsabilidade direta do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA).
Melhor qualidade e durabilidade das estradas angolanas constituem preocupação do departamento ministerial, cuja missão do Laboratório de Engenharia de Angola se centra no «controlo técnico e certificação dos materiais e consequente avaliação dos projetos».
Entre as ações em curso, o ministro angolano destacou a elaboração de projetos executivos para «prevenir o surgimento e progressão de ravinas» em várias cidades e aglomerados populacionais, bem como «a construção de pontes robustas de maior capacidade».