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Manuel Augusto: “Houve uma grande empatia” entre João Lourenço e António Costa

Em entrevista ao jornal Negócios, o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, garante que a visita ficou marcada por “um ambiente de absoluta cordialidade” e por “uma interacção fantástica a todos os níveis entre os dois chefes de Governo “.

Qual o balanço que faz da visita do primeiro-ministro português a Angola ?
O balanço é muito positivo, quer pelos resultados alcançados como também pelas circunstâncias em que a visita teve lugar. Podemos até dizer, num certo sentido, que esta foi uma visita que se enquadra numa lógica de reencontro. Todos nós conhecemos o período imediatamente anterior a esta visita e as expectativas pelo seu anúncio. Sem querer cair num lugar comum penso que esta visita ultrapassou todas as expectativas.

“O bom ambiente criado permitiu que até essas discussões, aparentemente difíceis, se tornassem exequíveis e com os resultados que conhecemos”.

Em que medida?
Pelo ambiente que se viveu. Um ambiente de absoluta cordialidade, de uma interacção fantástica a todos os níveis, de uma grande empatia, principalmente entre os dois chefes de Governo. Uma empatia visível e que contagiou as duas delegações e por isso facilitou as discussões. E algumas delas não eram fáceis, caso da regularização da dívida às empresas portuguesas, uma questão com um potencial de litígio e polémica assinaláveis. Mas o bom ambiente criado permitiu que até essas discussões, aparentemente difíceis, se tornassem exequíveis e com os resultados que conhecemos.

Esta foi uma reconciliação ou o primeiro passo nessa direcção?
Eu prefiro usar o termo reencontro porque acho que a palavra reconciliação, pelo menos no sentido político que se dá, não é adequada.

Então usarei o termo reaproximação.
Exactamente. Porque os dois líderes foram coerentes no discurso durante a altura, digamos assim, da crise. Ou seja, que as nossas relações eram excelentes, que havia um factor perturbador, mas que todos tinham consciência de que era pontual, localizado e que, desaparecendo, tudo voltaria à normalidade. E é o que se está a passar. Daí que este ambiente optimista, que se estende dos políticos aos empresários, reflicta isso mesmo. Que todos tinham consciência de que as nossas relações nunca estariam em causa. A excelência da nossa relação nunca foi posta em causa. A excelência da nossa relação nunca foi posta em dúvida. Havia era o realismo de considerar que havia um factor perturbador ao qual se deu vários nomes. Fizemos uma visita de primeiro-ministro a todos os títulos notável, tanto ao nível formal como informal, e já estamos todos com a cabeça na visita do Presidente da República, João Lourenço a Portugal. Isso irá criar uma dinâmica que se traduzirá em mais e melhores negócios.

Fonte: Jornal de Negócios

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