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Manuel Augusto prepara com Santos Silva programa ”à altura” da visita de António Costa

O chefe da diplomacia angolana disse esta segunda-feira, em Bruxelas, que está a trabalhar directamente com o ministro dos Negócios Estrangeiros português para que o programa da deslocação do primeiro-ministro António Costa a Angola “esteja à altura dessa visita”.

“Nós temos uma relação especial com Portugal e estamos todos a trabalhar para que retomemos a normalidade das nossas relações, tendo desaparecido os motivos que perturbaram, digamos, essas mesmas relações” , disse Manuel Domingos Augusto, que acompanha o Presidente de Angola, João Lourenço, numa visita oficial ao Reino da Bélgica.

Questionado pelos jornalistas portugueses sobre a visita do primeiro-ministro português a Luanda, o ministro das Relações Exteriores de Angola comentou que essa visita “já poderia ter tido lugar antes”, pelos motivos que são conhecidos ( o processo do ex-vice-presidente angolano Manuel Vicente, arguido na Operação Fizz), mas sublinhou que, resolvida que está essa questão, com a transferência do processo para a justiça angolana, “agora o mais importante” é trabalhar em conjunto para repor a normalidade nas relações luso-angolanas.

“Estou a trabalhar directamente com o meu homólogo, o doutor Augusto Santos Silva, num programa que esteja à altura dessa visita”, declarou, sem adiantar ainda uma data para a mesma.

O chefe da diplomacia angolana falava numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo belga, Didier Reynders, após uma reunião de trabalho durante a qual foi assinado “um memorando sobre consultas políticas bilaterais entre os ministérios dos Negócios Estrangeiros e das Relações Exteriores ” da Bélgica e de Angola.

Manuel Domingos Augusto explicou que “este instrumento jurídico permitirá que, de forma regular, os dois países possam encontrar-se para abordar não só a cooperação e as relações bilaterais, mas também todos os assuntos da actualidade internacional”, com foco nos assuntos regionais, tendo, nesse quadro, sido discutidas a situação política na Europa (à luz do Brexit), no Burundi e na República Democrática do Congo, apontou.

Fonte: Lusa

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