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Metade do sangue doado em Angola está infectado 

“Em 2015, tivemos uma perda de cerca de 12 mil bolsas de sangue, pela positividade de microrganismos, dos quais a hepatite B foi a mais prevalente, embora as pessoas temam mais o HIV”, avançou à directora do Instituto Nacional de Sangue (INS), Antónia Constantino, adiantando que em 2015 e em 2016 o desaproveitamento do sangue doado foi de 50%, tendência que se mantém este ano.

“Até Maio, o perfil não mudou absolutamente nada. Continuamos com perdas de 50% do sangue recolhido, ou seja, é muito urgente, mudarmos o perfil dos doadores, melhorarmos a nossa triagem e sermos mais responsáveis enquanto doadores”, defendeu a responsável.

Segundo Antónia Constantino que falava na  palestra sobre as ” Perspectivas e os desafios para o Desenvolvimento de um Programa Nacional de Dadores de Sangue “, realizada, em Luanda, em alusão ao Dia Mundial do Dador de Sangue, assinalado a 14 de Junho. Para melhor controlo, o INS tem investido em novos meios tecnológicos que permitem rastrear com maior segurança o sangue colhido , reduzindo o período de janela dessas infecções.

A responsável adiantou ainda que o país precisa de cerca de 257.890 doações por ano , objectivo que exige a existência de pelo menos 322.363 doadores. A meta está longe de ser alcançada , face às perdas verificadas e a carência de doadores voluntários: apenas 10%, contra 90% de dadores que são familiares dos doentes.

“A OMS [ Organização Mundial de Saúde] recomenda que 100% das doações sejam voluntárias regulares, então estamos ainda muito longe de alcançar aquilo que é o objectivo” , sublinhou Antónia Constantino citada pela agência Lusa.

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