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Milhares de angolanos saíram às ruas de Luanda para saudar a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima

Num percurso de seis quilómetros, entre o aeroporto internacional 04 de Fevereiro e a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, na capital angolana, a imagem foi transportada em ombros, perante a emoção de quem assistia na rua e se juntava à procissão, até ao templo.

É o caso de Maria da Conceição Almeida da Costa, de 45 anos, que não escondeu a emoção ao assistir à chegada da imagem, por entre as velas e os cânticos de uma procissão que, por entre escola policial, cortou o trânsito em algumas artérias.

“A vinda da imagem significa muita coisa para nós angolanos, vem das nossas famílias, dos nossos antepassados. Não podia por nada perder o dia de hoje e estar aqui”, confessava à Lusa aquela devota católica, por entre o desejo de paz, o mais ouvido durante a noite: “Esperamos [com a chegada da imagem] curas, milagres e paz” e “principalmente muita união entre os angolanos”.

A Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima chegou pelas 08:00 de hoje a Luanda, no quadro das celebrações do centenário das aparições e também para agradecer a paz conquistada em Angola há 15 anos.

Entre cânticos e rezas, Sara da Silva, outra devota, de 38 anos, que aguardou horas para ver a chegada da imagem, confessava tratar-se de um “momento de grande emoção e de felicidade”.

“Representa para mim o amor, a caridade. Muita gente queria estar aqui e não conseguiu. A bênção que estamos a tirar daqui é para todo o mundo”, contava, visivelmente emocionada.

Logo ao lado estava Júlia Flora Sandongué, 42 anos, a quem faltavam as palavras para descrever o momento: “Estamos alegres, é a nossa mãe e é bem-vinda”.

A imagem foi recebida já depois da 21:00, ao fim de quase três horas de procissão, na igreja de Nossa Senhora de Fátima, onde permanecerá até 23 de outubro.

A última vez que a imagem peregrina esteve em Angola foi em 1948, na altura no âmbito de uma viagem pelo continente africano.

Entre 14 a 21 de outubro decorrerão várias atividades e duas missas diárias, às 11:00 e as 18:30. Para o dia 22 está agendada, às 09:00, uma missa presidida pelo arcebispo de Luanda, Filomeno Vieira Dias, antes do regresso da imagem a Portugal.

As celebrações do Centenário das aparições de Fátima em Angola é uma realização dos Frades Menores Capuchinhos de Angola.

A organização garante que todas as questões ligadas à segurança dos fiéis “estão já salvaguardas” pelas autoridades da província de Luanda.

Dezenas de paróquias em Angola têm Nossa Senhora de Fátima como padroeira, demonstrando a devoção angolana ainda forte, também, ao santuário português, que em maio último recebeu a visita do papa Francisco, que presidiu ao centenário das “aparições”.

“A exemplo de Frei Maiato, nossa devoção à Nossa Senhora de Fátima, Hoje e Sempre” é o lema das celebrações do Centenário de Fátima em Angola, que visa igualmente render homenagem ao frei Benjamim Maiato, antigo devoto de Fátima, que faleceu em maio, em Portugal.

Fonte: Lusa

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