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Ministro da Justiça destaca combate à corrupção

O ministro da Justiça angolano destacou hoje, em Luanda, que o País está empenhado na prevenção, repressão e combate à corrupção, destacando a formação de 30 técnicos e oficiais de justiça, com apoio de Portugal e da União Europeia.

Francisco Queiroz discursava na abertura da primeira fase do curso que decorre no âmbito do PACED – Projecto de Apoio à Consolidação do Estado de Direito nos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e em Timor-Leste (PALOP-TL), que tem apoio financeiro da União Europeia e co-financiamento e gestão do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua.

O Governante sublinhou que a confirmação de que Angola pretende combater a corrupção, através de medidas preventivas de penalização e aplicação da lei e do reforço da cooperação internacional, está expressa num despacho presidencial que criou o grupo de trabalho para a realização de estudos e a elaboração de propostas e mecanismos de implementação da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção no Ordenamento Jurídico.

Para fazer face às restrições de circulação devido à pandemia de covid-19, os formandos vão receber os conhecimentos de formadores em Lisboa, por formato digital, sendo beneficiários técnicos e oficiais de justiça das províncias de Luanda, Huambo, Huíla, Cuanza Norte e Benguela.

Segundo o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, a produção de um manual de formação, que será a base para a futura formação nacional, com tutoria dos formadores coordenadores decorrerá em Angola e é a fase que se segue à avaliação e consolidação de conhecimentos, a desenvolver igualmente em território nacional.

Por sua vez, o embaixador de Portugal em Angola, Pedro Pessoa e Costa, frisou que a concretização desta actividade formativa só é possível graças à cooperação entre múltiplas entidades, nomeadamente o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola, através do Instituto Nacional de Estudos Judiciários, do Ministério da Justiça de Portugal, por via do Centro de Formação da Direcção-Geral da Administração da Justiça, bem como do Tribunal Supremo e da Procuradoria-Geral da República de Angola.

Pedro Pessoa e Costa realçou a importância desta formação numa altura em que Angola aprovou o novo Código Penal, em substituição do documento centenário de 1886, destacando a importância da produção conjunta dos materiais de formação que terá lugar na segunda fase deste curso e que será igualmente ministrado online.

“O PACED tem, na verdade, sabido consolidar-se como parceiro presente, que, muito embora faça um trabalho silencioso, às vezes silencioso demais, é reconhecido por todos os parceiros nos diferentes países e vem produzindo importantes resultados, designadamente em Angola, em linha com o esforço nacional de consolidação do Estado de direito, através da adopção de medidas de prevenção e combate à corrupção, ao branqueamento de capitais e à criminalidade organizada”, disse.

Já a representante da União Europeia em Angola, Jeannette Seppen, referiu que o reforço da capacitação nestes domínios dos países beneficiários foi uma das tarefas que o PACED assumiu e que a equipa de gestão tem vindo a trabalhar com muita dedicação e competência.

Aquela representante disse que, para Angola em particular, o PACED tem estado a envolver os principais actores-chave nestas matérias, designadamente o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, os tribunais, o Ministério Público, o Banco Nacional de Angola e a Unidade de Informação Financeira, bem como os Serviços de Investigação Criminal do Ministério do Interior.

Seppen salientou que num momento de plena actualidade destes temas, em especial a corrupção e o branqueamento de capitais, assumidos pelas entidades nacionais como prioridades políticas, espera-se que estas actividades contribuam para melhorar significativamente a situação nestes domínios.

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